Onda de calor

Pesquisador da Uema explica aumento da temperatura na região de Imperatriz

A região está enfrentando estiagem e aumento de calor.

João Rodrigues/ Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h30
Onda de calor atinge região de Imperatriz nesta época do ano.
Onda de calor atinge região de Imperatriz nesta época do ano. (Reprodução/ Internet)

IMPERATRIZ – A Previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para Imperatriz nesta terceira semana de agosto será de temperatura de 38ºC, mas para a população a sensação térmica tem sido bem superior.

Essa temperatura é comum em agosto e setembro, mas em geral vem sofrendo alterações todos os anos como explica o geógrafo e professor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), em Imperatriz, Luís Carlos Araújo dos Santos.

Como pesquisador e professor das disciplinas de climatologia e hidro geometria, ele vem acompanhando as transformações climáticas da região de Imperatriz.

Luís Carlos Araújo, observa que são vários os itens que colaboram para as mudanças climáticas nesta região da segunda maior cidade do Estado. Ele destaca que um desses fatores é uma massa de ar seco que está estabilizada na região e traz algumas implicações nesse cenário climático “porque associando-se a isso tem a proximidade da linha do Equador, então temos aí dois elementos que vão fazer com que essa temperatura se acentue neste período”.

Apesar disso, ele lembra que a região de Imperatriz tem uma temperatura relativamente agradável no início das manhãs, até às 10h, o que se deve a influência das quatro estações do ano, existente no Sul do País. Na realidade maranhense ele diz que só há duas estações.

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Outro fator que colabora para a onda de calor, segundo o estudioso, é o avanço do desmatamento da região.

“O que acontece é que não temos mais a vegetação para nos proteger da radiação solar que acontece diretamente sobre esses espaços desmatados. Então dá essa sensação muito maior e o elemento complicador é a falta dessa circulação do ar que ocorre muito na região do litoral. Aqui essa circulação é fraca justamente porque estamos numa área de depressão, e isso faz aumentar a sensação térmica para mais e não para menos”, raciocina.

O professor da Uema, também, alerta que a vegetação seca tem maior capacidade de combustão espontânea, o que pode causar incêndios florestais. Em geral o fogo, seja de incêndios ou queimadas, juntamente com a baixa circulação de ar acabam interferir na temperatura da região.

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