MONTES ALTOS – A tradicional Festa de Santos Reis de Montes Altos, a 65 KM de Imperatriz, na região sudoeste do Estado, teve mais uma edição nessa quarta-feira (6). Este ano completou 51 anos de realização do festejo aos três Reis Magos, que de acordo com a Bíblia, foram as três primeiras pessoas a saudar o nascimento de Jesus Cristo.
Dependendo do lugar a homenagem por ter um nome diferente, dentre eles Festa dos Santos Reis, Festa de Reis, Folia de Reis, Reizado ou Reza de Reis. Este último é o nome pelo qual a evento religioso é mais conhecido em Montes Altos.
Também existem alterações na forma de realizar as homenagens. Há casos em que os devotos fazem procissões, peregrinações, usam máscaras e roupas longas, entre outros recursos, mas no festejo coordenado pela devota Maria do Carmo a programação é reduzida em uma noite e consiste na celebração de uma missa na casa dela, orações do terço e saudações ao altar dos reis.
O professor Parsondas de Carvalho, um dos moradores tradicionais da cidade e participantes do festejo, explica que a festa folclórica vem sendo realizada pela devota Maria do Carmo desde janeiro de 1964, como pagamento de uma promessa.
“Durante muitos anos ela (Maria do Carmo) fez a peregrinação que foi até mesmo a zona rural, mas na cidade foi regra durante muitos anos. Ela fazia o pedido de esmolas acompanhado de pandeiro de mão e pandura e havia a dança do salamístico. Nunca fizemos os mascarados, mas fazíamos a dança do salamistico”, relata Parsondas de Carvalho, que além de professor, é escritor.
Depois de alguns anos Maria do Carmo fez mudanças na programação em razão de suas condições físicas limitadas e o avanço da idade. “Ela resolveu mudar a programação e passou a fazer só a reza no dia de Santos Reis, quando é celebrada uma missa, rezado o terço e servido bolo aos convidados, as pessoas que participam”, destaca o professor.
Rito da festa
Durante o festejo os fiéis e devotos costumam pagar promessa. Organizados em uma fila, um a um se ajoelha em frente a um altar onde estão velas acesas, uma imagem de uma pomba e dos reis.
Em voz baixa, ainda ajoelhado, o devoto faz o sinal da cruz na testa, geralmente costuma beijar o altar e deixar uma oferta em dinheiro.
Somente após esse ritual é que é servido o café com bolo de várias espécie produzida, em regime de mutirão, e são de puba e tapioca.
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