Evento

Conferência Nacional Indigenista aprova 816 propostas

Cerca de 200 propostas foram destacadas como urgentes.

Imirante Imperatriz, com informações da Assessoria.

Atualizada em 27/03/2022 às 11h36
(Divulgação / Lauro Padilha)

BRASÍLIA – Depois de quatro dias de discussões, a 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista, que reuniu mais 2200 pessoas, encerrou com a aprovação de 816 propostas que servirão de diretrizes para a política indigenista. Desse total, 214 propostas foram destacadas como urgentes, para implementação imediata.

Neste último dia, a conferência iniciou com um ritual sagrado, comandado pelo cacique Nailton Pataxó, e cantos indígenas de vários povos do Brasil. Os trabalhos da plenária final começaram com a líder indígena Sônia Guajajara, representando a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).

A líder indigenista destacou o empenho dos participantes nas discussões finais das elaborações das propostas. “Afirmamos nessa conferência o respeito, a garantia, e o cumprimento dos nossos direitos. Nesse momento, nos tornamos um povo só. Que possamos ter um documento consolidado e que seja pactuado de fato, um compromisso com os povos, para que a gente possa mudar essa relação do Estado brasileiro com os indígenas”, afirmou.

O Cacique Norivaldo Marques, do povo Guarani-Kaiowá, considerou um momento histórico a realização da conferência e falou sobre as dificuldades do povo dele. “O povo Guarani-Kaiowá precisa de melhorias em saúde, educação e a demarcação das terras, pois, é a garantia que precisamos para nós e as futuras gerações” disse.

Os povos indígenas presentes na 1ª Conferência Nacional de Política terminaram o evento pedindo que todas as propostas discutidas e aprovadas não fiquem apenas no papel, mas que sejam implementadas e os direitos dos vários povos que vivem no Brasil sejam garantidos.

A 1ª Conferência Nacional Indigenista começou na segunda-feira (14) e reuniu representantes de diferentes povos indígenas do Brasil. As discussões foram dividida nos eixos temáticos: Territorialidade e o direito territorial indígena; Autodeterminação, participação social e direito à consulta; Desenvolvimento sustentável de terras e povos indígenas; Direitos individuais e coletivos dos povos indígenas; Diversidade cultural e pluralidade étnica no Brasil; e Direito à memória e à verdade.

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