IMPERATRIZ - Por volta das 4h30 da madrugada desta sexta-feira (14), no Tribunal do Júri, no Fórum Henrique de La Rocque, foi anunciada a sentença para o ex-prefeito de São Pedro da Água Branca, Ildézio Gonçalves, conhecido como “Juca”, e a mulher dele, Edilane Pereira Nascimento. Juntos, eles foram condenados a mais de 30 anos de prisão por serem mandantes do assassinato de Osmar Luna, que ocorreu em 2007.
“O juiz concedeu direito de o casal recorrer da sentença em liberdade, mas é muito difícil que a decisão possa ser alterada”, afirmou a promotora Uiuara Medeiros, que acompanha o caso. Ela conta que a justiça reconheceu que o casal foi mandante do crime.
Na sentença, o ex-prefeito foi condenado a mais de 19 anos de reclusão, enquanto a esposa, Edilane, foi condenada a mais de 14 anos. A justiça tipificou o crime como homicídio qualificado.
Em 2008, Juca e Edilane já haviam sido condenados por comandarem um esquema de corrupção eleitoral. Investigações da Polícia Federal (PF) concluíram que eles usavam dinheiro público para compra de votos.
A morte
De acordo com o inquérito policial, o ex-secretário de Administração de São Pedro da Água Branca, Osmar Luna Peixoto, foi assassinado com quatro tiros, na noite do dia 10 de setembro de 2007. O crime aconteceu na cidade de Imperatriz.
Segundo informações de testemunhas do crime, dois homens chegaram em um carro modelo Uno e estacionaram o veículo próximo à casa onde Osmar estava. O ex-secretário, que era conhecido como Osmar Paixão, foi assassinado na porta. Os assassinos o alvejaram na cabeça e no pescoço, logo em seguida, fugiram do local.
Outros crimes
As investigações do MP dão conta de outras mortes relacionadas ao casal. No dia 27 de setembro de 2008, o vereador de São Pedro da Água Branca, Edmar Ferreira de Sousa, o Edmar Medrado, foi morto com dois tiros na cabeça, quando retornava de um comício.
Segundo a promotora Uiuara medeiros, o MP acredita que Edmar Medrado, que era amigo de Juca e Edilane, fazia parte do esquema de corrupção eleitoral como uma espécie de agenciador. Edmar teria ligado ao casal, ameaçando contar sobre a compra de votos. Para o MP, ele foi morto três dias depois, como queima de arquivo, a mando do casal.
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