Dia das Mães

Partos em mulheres de 12 a 17 anos têm número expressivo

O risco dos bebês nascerem prematuros, de mães adolescentes, é maior.

Tátyna Viana / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h54

IMPERATRIZ- Ausência de políticas públicas, controle de natalidade, prevenção e uma série de outros fatores sociais e, até, culturais estão relacionados à gravidez na adolescência, com mulheres que tornam-se mães cada vez mais cedo.

Em pleno século XXI, quando a tecnologia vai dominando os espaços, nos mais diversos segmentos, há um planejamento maior das famílias, principalmente, com relação à melhor fase para engravidar e à quantidade de filhos. Em contrapartida, um problema, ainda, é comum. Segundo especialistas a gravidez na adolescência está relacionada ao início precoce da fase fértil das mulheres.

 Kamily Duarte engravidou aos 17 anos. (Foto: Tátyna Viana/ Imirante Imperatriz)
Kamily Duarte engravidou aos 17 anos. (Foto: Tátyna Viana/ Imirante Imperatriz)

Na adolescência, além do impacto físico, emocional, familiar e social, há o risco de um parto prematuro por falta de cuidados durante a gestação ou mesmo pela formação óssea da gestante, que acontece até os18 anos. A maioria dos bebês prematuros nasce com problemas respiratórios e de baixo peso.

"Isso se torna impactante porque na maioria das mães adolescentes tem maior possibilidade de nascer prematuro, necessitando de cuidados e assistência da UTI Neonatal", explicou Virgília Borel, coordenadora de Educação Permanente.

 O risco dos bebês nascerem prematuros, de mães adolescentes, é maior. (Foto: Tátyna Viana/ Imirante Imperatriz)
O risco dos bebês nascerem prematuros, de mães adolescentes, é maior. (Foto: Tátyna Viana/ Imirante Imperatriz)

Dados do Hospital Regional Materno Infantil, que recebe pacientes de toda a Região Tocantina e é o hospital que atende pelo SUS, com maior número de partos por mês, no mínimo 400, mostram uma realidade crescente.

Dos 6.260 partos realizados em 2013, um total de 986 grávidas tinha de 12 a 17 anos, o que significa que em 15% dos partos as mães eram adolescentes.

Das 2.468 cesarianas realizadas, 296 mulheres eram adolescentes, meninas que representaram 11% das cirurgias. A maioria dos partos no Regional, no ano passado, foi normal. Dos 3.792 partos naturais, 690 mulheres, também, tinham de 12 a 17 anos, somando 18%.

O hospital constatou outro dado preocupante: quase todas as crianças nascidas dessas mães, são filhas de homens que não assumem a paternidade.

Para evitar problemas, como a depressão pós-parto, e dar assistência a essas mulheres, uma equipe multiprossional, composta por psicólogos, assistente social, nutricionista e outros, faz o acompanhamento das gestantes e das mães, nos primeiros meses de vida do bebê.

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