Açailândia

Servidores municipais de Açailândia entram em greve por tempo indeterminado

O aumento pedido pelos servidores é de 40%. O reajuste proposto pela prefeitura é de 8%.

Alan Milhomem/Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 12h09

IMPERATRIZ – Os servidores do município de Açailândia entraram em greve nesta sexta-feira(12) após a decisão da prefeita Gleide Santos de não aceitar o Termo de Ajuste negociado entre os funcionários e a administração municipal. A prefeita, também, não aceitou mais negociar com os funcionário, segundo os grevistas.

Os servidores fizeram uma manifestação em frente ao hotel em que foi realizado o encontro da Assembleia Legislativa com os vereadores da região. A presidente do Sindicato do Servidor Público Municipal de Açailândia (Sintrasema), Maria da Paz, foi recebida por alguns deputados que participavam do encontro. A presidente pediu a intervenção dos deputados nas negociações com a prefeita e, segundo Maria, eles se comprometeram em ajudar.

Os trabalhadores reivindicam o aumento salarial, pagamento do terço de férias de 2012, a redução carga horária para os professores, seguindo a uma lei federal. Os servidores pedem, ainda, a aprovação dos plano de cargos, carreiras e salários da educação, administração e saúde, pagamento retroativo da mudança de nível, gratificações de formação e difícil acesso para o professores, a inclusão dos agentes de endemias e agentes de saúde no plano de cargos e carreiras da saúde e a convocação dos aprovados no último concurso público.

“Hoje, há um completo desrespeito pela administração municipal com a nossa classe, nós não temos abertura para conversar com a prefeita. Nós queremos só os nossos direitos”, reivindica a secretária geral do Sintrasema, Dalva Nunes. Segundo a secretária, a greve é por tempo indeterminado até que as reivindicações sejam atendidas e 30% do efetivo está trabalhando como manda a lei.

O agente de fiscalização tributária, Marco Costa Cardoso, disse que acha muito radical esse posicionamento da prefeita de sair da mesa de negociação e não aceitar mais nem a proposta que já havia sido discutida com a administração municipal. “É posicionamento radical e estranho para um governo que se diz democrático e de mudança para a cidade”, comentou.

A prefeita Gleide Santos, disse que acha a greve precipitada e não ver motivos para tal. Gleide se diz mulher de compromisso e que vai pagar ao terço de férias do ano passado aos servidores e que vai agir sempre dentro da lei. A prefeita disse, ainda, que considera a greve um movimento político de alguns funcionários insatisfeitos e que querem atrapalhar a administração.

“Nós temos cerca de 4 mil funcionários e uns 100 estão em greve, então significa que a maioria confia na prefeita e sabe que ela vai cumprir seus compromissos. É muito insano pedir um aumento de 40% e eu não vou dá esse aumento e infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal. E, deixo bem claro, não sou refém de sindicato”, afirmou.

Gleide Santos disse, também, que não funciona sob pressão, que está aberta ao diálogo e que o aumento já foi dado, só falta a câmara aprovar. O projeto encaminhado pela prefeitura à câmara de vereadores prevê um aumento de 8% para a educação e 8,20% para o restante dos funcionários, baseados nas perdas que o município teve. A prefeita afirmou que greve é ilegal e que vai acionar a justiça.

“Quem entrou de greve vai se ver com a justiça, pois a greve é ilegal e eu não vou refrescar. Segunda-feira vou entrar na justiça contra essa greve. Eu sou uma mulher de diálogo e querem é fazer baderna, mas comigo não faz”, garantiu.

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