Segunda quinzena

Maranhão deve iniciar campanha de vacinação antirrábica

A principal dificuldade é quantidade de animais soltos nas ruas que não recebem cuidado algum.

Imirante, com informações da TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h38

IMPERATRIZ - O Maranhão deve iniciar, na segunda quinzena de maio, uma campanha de vacinação para imunizar os animais contra a raiva. A principal dificuldade é quantidade de animais soltos nas ruas que não recebem qualquer tipo de cuidado.

Veja, ao lado, na reportagem de Janeth Carvalho e Diney Santos.

A situação favorece a proliferação de doenças como o calazar e a raiva, por exemplo, além de outras que colocam em risca até a saúde humana.

Os cães estão por toda parte, principalmente nos bairros da periferia. Alguns até tem coleira no pescoço, o que indica que tem dono. Mesmo assim, vivem soltos pelas ruas. De acordo com o Centro de Zoonoses, dos cerca de vinte e cinco mil cães de estimação, domiciliados no município, quase três mil estão nas ruas sem receber nenhum tipo de cuidado.

A falta de cuidados básicos na criação de animais como cães e gatos pode provocar a proliferação de doenças graves. muitas dessas doenças não provoca a morte do animal, mas põe em risco a vida do dono e de quem está por perto.

Além da raiva, que não tem cura, existem outras doenças como a toxoplasmose, a leptospirose, hepatite e o calazar entre outras que podem contaminar o ser humano e levar a morte. Soltos nas ruas, esses animais não recebem cuidados como uma alimentação adequada e a vacinação obrigatória e acabam se transformando em um problema de saúde pública.

Em 2010, mil seiscentos e setenta e três cães foram recolhidos das ruas de imperatriz pelo Centro de Zoonoses, destes apenas quarenta animais foram doados, os outros foram sacrificados porque estavam doentes. Alguns com calazar em estado avançado. Dois deles com o vírus da raiva.

O Maranhão é considerado pelo Ministério da Saúde como área de risco para o vírus da raiva. O último caso da doença, que provocou a morte de uma pessoa, foi diagnosticado no mês passado, próximo a capital, São Luis. No caso do calazar, a situação é ainda mais grave. Só na região Tocantina, dezenas de casos em humanos são confirmados por ano. Para tentar impedir o aparecimento de novos casos de raiva, o Maranhão deve receber, ainda este mês, mais de duzentas e cinquenta mil doses de vacina contra a raiva. A vacinação deve começar já na segunda quinzena de maio em cães e gatos que, também, podem transmitir a doença.

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