Amarante

Índios fazem reféns funcionários da Funasa

Os índios fazem várias reivindicações para libertar os reféns.

TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h08

IMPERATRIZ - Índios Gaviões fazem reféns funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) na aldeia Riachinho, em Amarante, a 180 Km de Imperatriz. Os índios fazem várias reivindicações para libertar os reféns. Uma equipe da TV Mirante esteve ontem na aldeia.

Confira, ao lado, a reportagem de Antonio Filho e Raimundo Beserra.

Os reféns são funcionários da Funasa e da prefeitura de Amarante que estavam na aldeia fazendo exames de rotina nos índios. Depois que concluir o trabalho eles receberam a notícia de que permaneceriam no local até que as reivindicações dos Gaviões fossem atendidas.

Os índios reclamam, principalmente, da falta de assistência médica. Por isso, eles exigem a construção de um posto de saúde na aldeia. Eles dizem que só vão liberar os reféns na presença de autoridades da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Funasa e do Ministério Público.

O cacique da aldeia diz que a falta de assistência já provocou a morte de nove crianças por desnutrição nos últimos seis meses. A equipe de reportagem da TV Mirante acompanhou um grupo de gaviões até o cemitério onde as crianças foram enterradas. Nesta semana, a vítima foi uma índia adulta, que teria morrido de meningite.

Na aldeia, o ritual da dança ainda lembra as vítimas. Ela serve para encaminhar o espirito dos mortos a um lugar tranquilo. O cacique afirma que a única forma de tirar os Gaviões do isolamento é mantendo os refens.

Na reunião marcada com as autoridades, apenas um representante da prefeitura de Amarante compareceu. Mas depois de quase três horas de discussão, ninguém foi libertado.

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