SÃO LUÍS - O Plano de Remanejamento da População da Hidrelétrica Estreito começou a ser apresentado aos moradores da região. O plano, que estabelece as diretrizes e benefícios para a mudança das famílias que moram na área do futuro lago da hidrelétrica, visa manter e melhorar a qualidade de vida das famílias envolvidas.

A apresentação do plano, e de seus benefícios, já começou a ser realizada nas comunidades, por meio de reuniões coletivas nas áreas rurais e urbanas e de visitas individuais, feitas diretamente na residência das famílias e dos donos de imóveis. O cafezinho faz parte da conversa e as dúvidas vão aos poucos sendo esclarecidas, uma a uma, de casa em casa.

Nos povoados tocantinenses de Ilha de São José e Palmatuba, em Babaçulândia, Mamoneira, na cidade de Filadélfia, e Carolina, no sul do Maranhão, já foram realizadas reuniões coletivas. Os encontros foram propícios para o diálogo franco entre os moradores e os profissionais envolvidos no remanejamento das famílias. São eles: sociólogos, assistentes sociais, pedagogos, psicólogos, engenheiro agrônomo, além de profissionais e técnicos de comunicação, empenhados em informar à população.

As modalidades de remanejamento, que é o nome técnico que se dá para o processo de mudança das famílias, são adequadas para cada caso específico. São elas: Aquisição, que é a compra do imóvel; o Reassentamento (loteamento) Coletivo Rural e Urbano, a Carta de Crédito Rural e Urbana e o Lote Urbano. As escolhas variam de acordo com o tamanho da família, o tipo de realizado pela UHE Estreito propriedade e a situação do morador no cadastro socioeconômico, visando conhecer o perfil dos moradores.

Há quem prefira receber o dinheiro para adquirir nova casa, do jeito que sonharam um dia. Outros avistam a possibilidade de receber uma outra gleba, parecida com a que possuem hoje em dia. O importante é que a terra seja de boa qualidade, para cultivo da agricultura ou aptas para a pastagem.

O final dessa história tem que ser feliz para todo mundo. Para a comunidade, com transparência e busca de melhoria de qualidade de vida, para o país que necessita da energia da barragem e para o crescimento sustentável das cidades. A satisfação dos moradores faz parte do Plano de Remanejamento.

Nas reuniões com a população a apresentação da lista de benefícios é feita por técnicos da empresa Barros Engenharia, contratada especialmente para prestar apoio social às famílias. Além disso, há a distribuição de cartilhas que explicam detalhadamente, com linguagem simples e informativa, os critérios do remanejamento. E assim, num clima de descontração e franqueza nos diálogos, o terreno fica fértil para que as pessoas tirem suas dúvidas diretamente com os técnicos da hidrelétrica.

A escolha de fazendas adequadas para abrigar os reassentamentos também já começou. A população ajuda na procura das áreas, indicando para onde querem ir. Os locais serão beneficiados com acessos, energia elétrica e água encanada.

Atendimento às famílias

As famílias contam também com os Centros de Informação em Carolina e Estreito, no Maranhão, e Babaçulândia, no Tocantins. Nos centros a população em geral pode tirar dúvidas sobre o remanejamento, conhecer as etapas de construção da barragem e também saber dos programas sociais que vêm sendo desenvolvidos em toda a região sob a influência da hidrelétrica.

Além disso, as pessoas contam também com a equipe de Mobilização Social, ligada ao Programa de Comunicação Social da UHE Estreito. O grupo percorre as estradas de chão e as cidades levando informação, inclusive aos locais mais distantes e de difícil acesso.

A assistente social Pricila Junia diz que o contato com famílias permite além da informação correta uma troca emocional entre as equipes e os moradores.

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