Aids

Imperatriz já diagnosticou mais de 700 soropositivos

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 13h54

IMPERATRIZ - Mais de 700 pacientes tiveram diagnóstico positivo para Aids em Imperatriz desde o surgimento do primeiro caso da doença em 1989 até agora. Para cada caso confirmado da doença, há, pelo menos, duas pessoas infectadas pelo vírus HIV, que podem evoluir ou não para a doença.

A coordenação do Programa Municipal de Combate a Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (DSTs/Aids) revelou no fim de semana passado, durante um treinamento para comunicadores no Centro de Convenções do município, que em Imperatriz não há mais grupos ou categoria de risco como nos primeiros anos do surgimento da doença.

Agora, o que pesa decisivamente para o surgimento dos casos é o comportamento de risco, que inclui, especialmente, pessoas heterossexuais. A média é, para cada homem infectado pelo vírus, de aproximadamente duas mulheres portadoras do HIV.

Preocupação

Sobre as mulheres, um dado que preocupa, segundo a coordenadora do DSTs/Aids, Venúsia Ribeiro Milhomem, é a quantidade de casos que estão sendo diagnosticados em mulheres gestantes.

Ela informou que o programa deve “fechar” este ano com 90 casos diagnosticados de HIV entre gestantes, número considerado alto, mesmo se tratando de pacientes de municípios da região e até de estados vizinhos, mesma situação verificada com os demais pacientes.

Apesar da preocupação, a coordenadora disse que esses dados são resultados de melhorias que estão sendo implementadas no programa.

“A gente não pode dizer que esse número de casos em gestantes aumentou. O que a gente pode dizer é que nossa ação diagnóstica está melhorando bastante”, ressaltou Venúsia Milhomem.

Melhorias

A melhoria implementada no programa municipal de DSTs/Aids citada pela coordenadora não consiste apenas em reforçar o atendimento para a realização do teste que detecta a presença do vírus HIV e o respectivo atendimento aos pacientes como também em campanhas de conscientização da população sobre a doença.

Dentro dessa política estão sendo realizados treinamentos pelos quais já passaram os profissionais da área de saúde (agentes de saúde em geral), bioquímicos em testes rápidos, equipes que atuam em escolas públicas e, por último, no fim de semana, foi realizada a 1ª Oficina Aprender para Informar, direcionada aos profissionais de empresas de comunicação da cidade.

Até o fim do ano, a meta será promover outras oficinas a profissionais da área de saúde com referência a casos de violência sexual, assim como a abordagem de acidentes ocupacionais. Uma outra categoria que estará sendo contatada para participar de uma oficina de capacitação serão as quebradeiras de coco babaçu.

“A informação nesse nosso trabalho é muito importante e precisa ser muito bem elaborada, bem discutida e bem compartilhada. É isso que estamos fazendo”, finalizou a coordenadora.

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