IMPERATRIZ - O senador João Alberto de Sousa fez ontem, em Imperatriz, duras críticas ao governador José Reinaldo Tavares, a quem chamou de “mau caráter e mau companheiro”, e responsabilizou seu governo “pela onda de corrupção que assola o Maranhão”.
Em um discurso inflamado, na solenidade de filiação da vereadora Fátima Avelino ao PMDB, na residência do prefeito Ildon Marques, o senador conclamou o partido a unir-se para a sucessão do ano que vem. “Eu lamento profundamente, e peço até perdão ao povo, porque eu pedi votos para esse governo que aí está. Mas nunca pensei que além de mau amigo, fosse tão mau caráter e que se enveredasse pelo caminho da corrupção”, atacou o senador.
“Nós vamos mostrar que esses maus amigos, que esses maus companheiros vão devolver novamente o governo do Maranhão a quem realmente pensa no Maranhão, a quem realmente trabalha pelo estado do Maranhão”, anunciou ele, dando mostras de que a eleição de 2006 será uma das mais disputadas na história política maranhense.
O senador disse que “o povo vai dar a resposta nas urnas” e que “é revoltante ver alguns tentarem denegrir a imagem do nosso grande líder, o senador José Sarney”. Para João Alberto, o governo José Reinaldo “está moribundo” e “nosso grupo, ano que vem, vai dar a maior surra jamais vista nessa ingratidão, nessa falta de lealdade, nessa falta de seriedade com a coisa pública”.
Falência
João Alberto afirmou que o caso das estradas fantasmas envergonha todo o povo maranhense. “O caso já está sendo tratado até fora do Maranhão, e o medo que tenho é que o estado, que está preparado para sua industrialização, perca grandes oportunidades pelo receio das indústrias se instalarem aqui”.
O senador interpretou que “essa transição também tem sua parte boa, porque o povo vai avaliar o que é um governo sob a direção de nosso grupo, e o que é um governo do lado deles, cujo grupo apóia a corrupção”. “Esse governo já está aí há três anos e eu não vejo um buraco sendo tapado”.
Ele também criticou a situação precária do aparelho de segurança estadual: “O que há é uma falência do Governo do Estado, e com essa falência essas coisas vão acontecendo. Soube que o governador iria hoje (ontem) a Buriti Bravo. Ora, o que o governador deveria ter feito era dar segurança quando o prefeito pediu na época. Porque não foi dada a segurança? Se o governo não tem condições de andar de cabeça erguida perante a população, então tudo poderá acontecer. Há uma falência de poder, uma falência de governo, atualmente no estado do Maranhão”.
Ponte
João Alberto disse que não acredita na construção da ponte sobre o rio Tocantins e classificou a obra como uma jogada política do governador José Reinaldo. Segundo o senador, o ministro Edson Vidigal, presidente do Superior Tribunal de Justiça, teria dito que o governador havia prometido asfaltar “uns três quilômetros” da Cidade do Judiciário, em Caxias, mas nunca foi atendido em seu pedido. “Uns R$ 450 mil e ele (o governador) diz ao Vidigal que não tem dinheiro para fazer isto. Sem ele não R$ 450 mil para cumprir um compromisso com o presidente do STJ, aqui no Maranhão, como ele vai fazer uma ponte que custará mais de R$ 100 milhões?”, perguntou o senador.
Para João Alberto, “a ponte é uma enganação, é uma falácia. Vão enfiar uns pilotinhos (sic) ali e isto vai ficando. Isso é querer chegar aqui e dizer ‘eu comecei e não me deixaram fazer”. Pode aguardar porque isso vai acontecer”, disse ele.
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.