SÃO LUÍS - De acordo com o diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Animal e Vegetal, Sebastião Anchieta, a constatação de falsificação de GTAs (Guia de Trânsito Animal) na região de Imperatriz, foi feita pela chefe do Posto Avançado de Sanidade Agropecuária da Regional, Teresa Satiko Ueda, no início de março. Anchieta disse que ao receber a documentação falsificada, manteve contato imediato com a Polícia Federal, com o Ministério Público e com o Gecoc, Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas no Maranhão.
Márcio Tadeu, promotor de Justiça, encaminhou as GTAs falsificadas ao Gecoc e, através de um convênio de cooperação mantido com a Aged para dar apoio às ações da agência no interior do estado, montou uma operação para apurar a denúncia e desmantelar o esquema criminoso na região de Imperatriz. Participaram da operação o Ministério Público, a Delegacia Federal da Agricultura, a Polícia Federal, a Polícia Civil, a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal.
Sobre o envolvimento de um funcionário da agência na falsificação das guias para permitir o transporte de animais não vacinados nas barreiras sanitárias do Maranhão, ele informou que Severino Monteiro é um antigo funcionário da Sagrima, que está à disposição da Aged, e que atuava na barreira de fiscalização de Estreito. "Ele foi preso em flagrante, com todas as provas. Na casa dele foram encontrados blocos falsificados de emissão de GTAs" concluiu o diretor da Aged.
Qualquer animal vivo que esteja em trânsito tem de ter uma GTA emitida pela Aged. A expedição da Guia de Trânsito Animal atesta que o animal passou por inspeção sanitária e está em dia com todas as vacinações, inclusive contra febre aftosa, podendo circular pelas barreiras sanitárias do estado. A falsificação das GTAs é crime, e se o proprietário movimenta o seu rebanho sem este atestado sanitário, ele é multado pelos fiscais nas barreiras.
Para fazer a emissão das guias e a fiscalização nas barreiras sanitárias, a Aged tem uma grande estrutura em todo o estado, com 100 escritórios locais, 76 escritórios de apoio, 18 postos avançados (unidades regionais), contando ainda com 197 médicos veterinários.
Além de Severino Monteiro, o Gecoc prendeu o vice-prefeito de São João do Paraíso, Raimundo Nonato Soares Silva; seu filho, Edilberto Silva e um funcionário da Receita Estadual apelidado de "Janjão".
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