Professores podem adiar início do ano letivo

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 15h23

Imperatriz - O calendário para o início do ano letivo, agendado pela Prefeitura de Imperatriz para segunda-feira, 10 de fevereiro, está comprometido depois que os professores da rede municipal decidiram, em assembléia geral, só voltar às atividades depois que receberem o pagamento dos salários referentes ao mês de dezembro e décimo terceiro.

A categoria está exigindo ainda a apresentação de um calendário de pagamento que respeite o prazo limite estabelecido pela CLT.

“Não vamos ficar a vida toda trabalhando com os salários em atraso. Esse problema já dura 16 meses e até agora não há sinais de ser solucionado pelo prefeito Jomar Fernandes. Ele, inclusive, prometeu resolver isso em julho do ano passado, mas tudo não passou de promessas. Os trabalhadores estão céticos em relação a administração desse prefeito.

O jeito é cruzar os braços”, argumentou o professor Valdir Gomes, da Escola Municipal Paulo Freire.

Para a sindicalista Selma Barros, os servidores de Imperatriz não têm nenhum motivo para confiar no prefeito Jomar. “Ele não pagou o nosso décimo terceiro salário, não cumpriu o calendário anunciado por ele mesmo em julho do ano passado e até hoje se nega a pagar os nossos salários no prazo de lei. Portanto, o início do ano letivo está suspenso”, sentenciou a sindicalista.

Socorro - Uma outra decisão aprovada pela categoria, proposta pela professora Aurinete Rego, da Escola Pequeno Príncipe, foi o pedido de providências ao Governo do Estado para socorrer os professores de Imperatriz.

“O prefeito não paga a gente, dá calote no décimo terceiro salário e se furta da sua obrigação administrativa, e a gente vai amargando todo um prejuízo. Sugiro que peçamos socorro ao governador. Sabemos que a obrigação administrativa de pagar os nossos salários é do prefeito, mas não custa uma intervenção do Estado para recebermos o que é nosso,” propôs a professora, contando com o referendo da categoria.

“A obrigação é do prefeito Jomar, mas tenho que encaminhar a vontade da categoria. Mas é o Jomar que nos deve e é dele que vamos, na Justiça, buscar o cumprimento da lei”, informou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos da Educação (STEEI), salientando que o sindicato ajuizou reclamação trabalhista, socorrendo o direito de os funcionários terem os salários pagos até o quinto dia útil do mês subseqüente.

A assembléia geral dos trabalhadores da educação foi marcada por protesto e emoção. A categoria deliberou apoio e irrestrita solidariedade à presidente do sindicato, professora Eurami Moraes Reis, mantida no emprego por meio de um mandado de segurança.

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