Força-tarefa no Rio Tocantins

Apesar das chuvas, continuam as buscas após queda de ponte no MA; ainda há três desaparecidos

A Marinha confirmou, até o momento, 14 mortes na tragédia.

Imirante.com

Atualizada em 06/01/2025 às 09h18
Chuvas dificultam trabalho de buscas após queda de ponte em Estreito. (Foto: Ronayr Ferreira/TV Mirante)

ESTREITO - O tempo chuvoso na cidade de Estreiro dificulta o trabalho da Força-Tarefa de busca e resgate no Rio Tocantins e as operações com drones subaquáticos na manhã desta segunda-feira (6). A ventania e a correnteza também são fatores que desafiam as equipes de buscas.

Devido à sua complexidade, atividades de mergulho demandam pessoal altamente capacitado e uma estrutura de apoio com equipamentos adequados. Os mergulhadores da Marinha do Brasil (MB) são empregados em operações sensíveis, como a busca pelas vítimas do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) ocorrido em 22 de dezembro de 2024. 

A profundidade e a escuridão são alguns dos desafios enfrentados pelos mergulhadores. Além de drones, as equipes usam robôs e uma câmara hiperbárica. 

A força-tarefa que atua nas buscas no Rio Tocantins envolve homens da Marinha, dos Bombeiros do Tocantins, Maranhão, Distrito Federal e, mais recentemente, de São Paulo.

A Marinha confirmou, até o momento, 14 mortes no colapso da ponte. Ainda há três pessoas desaparecidas, E apenas um homem sobreviveu à tragédia. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do governo federal, o desabamento aconteceu porque o vão central da ponte cedeu. O órgão abriu uma sindicância para apurar as causas e efetivar as responsabilizações pelo desabamento.

O corpo da 14ª vítima, que ainda não foi identificado, foi resgatado no último sábado (4). Segundo a Marinha do Brasil, por volta das 10h25 as equipes de busca e resgate, cumprindo o planejamento diário da operação, localizaram o corpo nas proximidades dos destroços da ponte. 

Parte de ponte que não desabou deve ser implodida

Ponte sobre o Rio Tocantins desabou no dia 22 de dezembro de 2024. (Foto: Divulgação/CBMMA)

A parte da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira que não desabou terá que ser demolida. Para a retirada do que ficou da estrutura, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou, nessa sexta-feira (3), que será preciso fazer, a princípio, uma implosão controlada.

Ainda não há data para a demolição já que, no momento, os trabalhos no local são voltados para a localização e resgate de pessoas que ainda estão desaparecidas.

Vítimas localizadas e resgatadas

  • Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, era natural de Estreito (MA) mas morava em Aguiarnópolis (TO). O corpo dela foi localizado no domingo (22);
  • Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos. O corpo dela foi localizado na terça-feira (24). Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, que saiu de Dom Eliseu (PA) e que caiu no rio Tocantins;
  • Kécio Francisco Santos Lopes, de 42 anos. O corpo dele foi localizado na terça-feira (24). Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas;
  • Andreia Maria de Souza, de 45 anos. O corpo foi encontrado na terça-feira (24). Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico;
  • Anisio Padilha Soares, de 43 anos. O corpo dele foi localizado na quarta-feira (25);
  • Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos. O corpo dela foi localizado na quarta-feira (25);
  • Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos. O corpo dela foi encontrado por mergulhadores na manhã da quinta-feira (26). Ela estava em uma caminhonete, junto com o marido, o vereador Alison Gomes Carneiro (PSD);
  • Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos. O corpo dela foi localizado também na quinta (26);
  • Alison Gomes Carneiro, de 57 anos. O vereador do PSD teve o corpo localizado na manhã de domingo (29). Ele estava na caminhonete com a esposa, Elisangela Santos, que também morreu na tragédia.
  • Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos. O corpo dela foi retirado do rio na terça-feira (31) e estava dentro de um veículo. Ela viajava com a filha, Cecília de três anos e o marido, Jairo Silva Rodrigues. Apenas ele sobreviveu a tragédia.
  • Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos. O corpo dela foi retirado do rio na terça-feira (31). A menina viajava com a mãe, Cássia e com o pai, Jairo Silva Rodrigues.
  • Beroaldo dos Santos, de 56 anos. O corpo foi localizado em uma cabine de um caminhão. A vítima foi retirada da água no fim da manhã de quarta-feira (1º).
  • Marçon Glei ferreira, de 42 anos. O corpo dele foi encontrado no rio Tocantins, na manhã de sexta-feira (3).
  • Na manhã de sábado (4), um corpo foi encontrado no rio Tocantins, mas ainda não foi identificado.

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