ESTREITO - Um maranhense natural do município de Estreito está entre uma das vítimas que morreram no acidente em uma obra de um condomínio residencial, na rodovia Raposo Tavares, em São Paulo. A queda de um elevador de carga na construção deixou ele e mais dois operários mortos, nessa segunda-feira (19).
O trabalhador foi identificado como Amarildo Alves da Conceição, de 43 anos. Ele trabalhava como empreiteiro há dois anos em São Paulo. A família dele ainda aguarda informações sobre o traslado do corpo para o Maranhão.
Segundo informações, o equipamento que despencou com as vítimas do 17º andar da obra se chama “elevador de cremalheira”. Ele consiste numa cabine que se movimenta por trilhos verticais, instalados na parte externa dos prédios. Nele, podem ser transportados tanto materiais de construção quanto pessoas.
Além de Amarildo Alves, também morreram:
- João Henrique da Silva Matos, de 20 anos
- Raimundo Conceição dos Santos Júnior, de 26 anos
Uma quarta pessoa foi socorrida e encaminhada para um hospital. Segundo a Polícia Militar, ela não estava no elevador, mas passou mal ao presenciar o ocorrido.
Em nota, o condomínio Reserva Raposo lamentou o ocorrido e afirmou que já cobrou respostas da construtora responsável.
"O Reserva Raposo está acompanhando de perto todas as providências e reforça seu compromisso com a segurança, a transparência e o respeito à vida", disse.
Procurada, a BRZ Construtora informou que as causas do acidente estão sob investigação e a perícia técnica da polícia já foi acionada. "Nos solidarizamos com os familiares das vítimas neste momento de imensa dor".
A construtora disse ainda que está colaborando com as investigações e prestando todos os esclarecimentos necessários às autoridades.
A Prefeitura de São Paulo lamentou as mortes e informou que a obra possui os alvarás necessários. Equipes da subprefeitura do Butantã e da Defesa Civil foram enviadas ao local do acidente para fazer uma vistoria.
Também por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que o caso é investigado pelo 75º Distrito Policial (Jardim Arpoador), e que foram solicitados exames ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML).
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de São Paulo iniciou, ainda na segunda-feira, a fiscalização na obra.
Realizada por auditores fiscais do trabalho, a atuação busca verificar irregularidades nas relações de trabalho em uma empresa, garantindo o cumprimento das leis trabalhistas e assegurando os direitos dos empregados.
Em uma ação fiscal do MTE, os auditores fiscais realizam os seguintes procedimentos:
- Condições adequadas de trabalho
- Fornecimento de Equipamentos de proteção individual (EPI)
- Treinamento adequado dos trabalhadores
- Manutenção dos elevadores
"Encerrado toda essa parte da fiscalização, os auditores fazem um documento que a gente chama de 'relatório de análise acidente'. Nesse documento, está detalhado tudo o que avaliaram, que foi feito, que a empresa melhorou durante a avaliação. Depois disso, esse documento que é enviado para o Ministério Público do Trabalho", explicou Guilherme Garnica, auditor fiscal chefe do setor de saúde e segurança do trabalho em São Paulo.
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