ESTREITO - A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), será implodida no próximo domingo (2), às 14h. Como medida de segurança, moradores de residências situadas próximas à estrutura precisarão evacuar as áreas antes da detonação dos explosivos.
Na última quinta-feira (30), equipes técnicas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da Defesa Civil inspecionaram as casas localizadas no perímetro de segurança e comunicaram os moradores sobre a necessidade de desocupação temporária. Segundo o DNIT, a demolição será feita com a técnica de implosão controlada, que utiliza explosivos estrategicamente posicionados para derrubar as partes da ponte que ainda permanecem de pé.
O perímetro de segurança foi estabelecido em 2.148 metros no lado maranhense, em Estreito, e 2.136 metros no lado tocantinense, em Aguiarnópolis. Durante o procedimento, além da evacuação das residências, a travessia do Rio Tocantins — que atualmente ocorre por meio de barcos gratuitos — será temporariamente suspensa.
Os moradores terão que deixar suas casas às 13h, uma hora antes da implosão. O retorno será autorizado aproximadamente 30 minutos após a detonação, quando a área for considerada segura pelas autoridades. Para minimizar os impactos da evacuação, a prefeitura de ambos os municípios disponibilizará pontos de apoio com água e alimentação para as pessoas afetadas.
Relembre o desabamento da ponte
A ponte desabou no dia 22 de dezembro de 2024, provocando uma tragédia que mobilizou equipes de resgate e órgãos governamentais. No momento do colapso, dez veículos estavam sobre a estrutura, incluindo carros, motos, caminhonetes e carretas. Dezoito pessoas foram lançadas no Rio Tocantins, resultando em 14 mortes. Três vítimas seguem desaparecidas, e apenas uma pessoa sobreviveu.
Segundo o DNIT, o colapso ocorreu devido à queda do vão central da ponte. No entanto, as causas exatas ainda estão sendo investigadas.
Com a interdição total da estrutura, motoristas que trafegam entre Maranhão e Tocantins precisam utilizar rotas alternativas. O desvio mais viável aumenta o percurso em cerca de 200 quilômetros, impactando principalmente caminhoneiros e empresas de transporte de cargas, que dependem da rodovia para escoamento de mercadorias.
A situação também afetou a economia local, especialmente em Aguiarnópolis, onde a movimentação de veículos no posto fiscal diminuiu significativamente. Comerciantes relatam queda nas vendas e dificuldades logísticas devido à mudança na rota dos caminhões que abastecem a região.
O momento exato em que a ponte desabou foi registrado em vídeo pelo vereador Elias Júnior (Republicanos). As imagens mostram a estrutura cedendo e os veículos caindo no rio, o que gerou grande comoção e repercussão nacional.
Próximos passos
Com a implosão marcada para o domingo, a expectativa das autoridades é garantir que a remoção dos destroços ocorra de maneira segura e controlada. A partir da demolição, o governo federal deve iniciar estudos para a construção de uma nova ponte, mas ainda não há prazos definidos para a obra. Enquanto isso, a travessia por balsas e barcos continuará sendo a única alternativa disponível para a população.
Saiba Mais
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- Toneladas de concreto e ferro são retiradas dez dias após implosão da Ponte de Estreito
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- Nova ponte entre Maranhão e Tocantins terá tecnologia para monitorar deformações e vibrações, diz DNIT
- Implosão derruba resto de estrutura de ponte que desabou entre o Maranhão e o Tocantins
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