Mergulhadores da Marinha reforçarão buscas por vítimas de desabamento de ponte entre Maranhão e Tocantins
Dezesseis pessoas seguem desaparecidas após o colapso da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira; produto químico no rio complica operações de resgate.
ESTREITO - Mergulhadores da Marinha reforçarão as buscas por vítimas no Rio Tocantins, no trecho sob a ponte que desabou na divisa entre o Maranhão e o Tocantins, na tarde desse domingo (22).
A informação foi confirmada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, na tarde desta segunda-feira (23). Segundo ele, o pedido de apoio foi atendido pelo almirante Marcos Olsen, comandante da Marinha.
“Acabo de ser informado pelo comandante da Marinha, almirante Olsen, que nossa solicitação de equipe de mergulho para realizar as buscas no local do colapso da ponte foi atendida. Os profissionais da Marinha estarão prontos para atuar já amanhã cedo. Seguiremos vigilantes e acompanhando todas as ações necessárias”, escreveu o ministro em suas redes sociais.
O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira deixou 16 pessoas desaparecidas e resultou em uma morte confirmada. Inicialmente, a Defesa Civil havia informado três óbitos, mas revisou os dados no início da tarde desta segunda-feira (23). Oito veículos caíram da ponte durante o incidente.
As buscas pelos desaparecidos foram retomadas nesta segunda-feira apenas com botes, devido à presença de produto químico nas águas, o que trouxe preocupações em relação à segurança das equipes de resgate. Um dos caminhões que despencou da ponte transportava ácido sulfúrico, que pode ter contaminado o rio.
Contaminação nas águas
Diante do risco de contaminação, o governo do Tocantins emitiu um alerta aos moradores de Aguiarnópolis, no extremo norte do estado, para que evitem qualquer contato com a água do rio. A presença do ácido sulfúrico, substância tóxica transportada por um dos veículos que caíram no desabamento, é motivo de preocupação.
Apesar do incidente, a BRK, empresa responsável pelo abastecimento de água nas cidades de Aguiarnópolis, Tocantinópolis, São Miguel do Tocantins e São Sebastião do Tocantins, garantiu que o fornecimento de água tratada não foi afetado. A companhia informou que a captação de água nesses municípios é subterrânea e não possui relação com o Rio Tocantins. “Desta forma, a água captada, tratada e distribuída à população desses municípios permanece apta para consumo”, informou a empresa em nota.
O caso segue sendo acompanhado pelas autoridades, que trabalham para localizar os desaparecidos e mitigar os impactos ambientais do desastre.
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