CODÓ - O presidente do Conselho da Comunidade, órgão instituído pela Justiça de Codó para cuidar dos interesses dos presos na fase de execução penal, esteve com a consultora do programa "Brasil Alfabetizado" no município, Deuzimar Serra.
A ideia de Lindojon Bezerra é criar uma sala de aula dentro da delegacia onde hoje existem mais de 80 detentos encarcerados e ociosos.
"Qual é a intenção? Afim de que possa viabilizar educação à esses presos porque muitos estão ali e pararam seu estudo ou nem estudo tiveram e quando saírem, provavelmente, vão voltar a delinquir", explicou Lindojon.
Viábel
A consultora, baseada em experiências vividas por outros municípios, como Pedreiras e Timon, que já oferecem educação para presos, acha completamente viável.
"Seria bem interessante, a gente vai aprofundar isso a nível local. Tenho certeza que legalmente é plenamente possível porque o próprio sistema do Brasil Alfabetizado é inclusivo, está voltado pra isso, para a inclusão de várias categorias e uma dessas é justamente é a população dos presídios", frisou Deuzimar.
Realidade
A intenção do Conselho encontra uma grande dificuldade – falta de estrutura. A delegacia , hoje superlotada, precisa até de celas para os detentos. Sala de aula, no momento, só se houvesse uma grande reforma.
É assim que pensa o novo delegado regional, Rômulo Vasconcelos. Ele se mostra favorável à dar ocupação à quem for possível na delegacia, mas não pode esquecer de que sem estrutura não dá.
"A gente ta com uma reforma pra ser iniciada, vamos construir 4 novas celas e um gaiolão, esperamos que seja construída uma sala para esta finalidade, mas esperamos que isso aconteça porque o preso precisa de uma ocupação no seu dia-a-dia e uma questão dessa, cultural, questão de alfabetizar, é muito importante para os presos", disse o regional.
Confiança
O presidente do conselho da comunidade não desanima. Vai conversar e achar uma solução.
"Sim, inclusive já agendei uma reunião com o delegado regional de Codó, Dr. Rômulo. Já estamos em contato também com a Drª. Lúcia Helena e outros juízes da comarca e os promotores de justiça para que em comunhão a gente possa avaliar quem pode ser beneficiado por este programa e traçar estratégias para a implementação dele", anunciou Lindojon.
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