CODÓ - Os professores de Codó voltaram às ruas na manhã desta sexta-feira (16), como fizeram diversas vezes ano passado. O motivo maior da manifestação (com direito à palavras de ordem, discursos inflamados no carro-de-som, faixas e cartazes) foi a velha reivindicação de efetivação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), já aprovado, mas nunca colocado em prática pelos governos municipais desde 1997.
“Nós queremos, com esta manifestação, não ficar a parte da situação, queremos que ele (prefeito) implante o mais rápido possível esse PCCS que é a valorização do magistério, a valorização salarial do servidor público municipal”, afirmou o professor Marcelo Pereira Sousa.
Sem isonomia salarial
Os professores denunciaram, entre outras coisas, que há hoje uma disparidade salarial implantada pelo atual governo. De acordo com o professor Antonio Celso Moreira, cerca de 40 educadores, apenas, ganham hoje o equivalente à 1.162,00, enquanto que a maioria, algo em torno de 780 professores, não chega à R$ 800,00 em seus vencimentos.
“E as resoluções, que são leis que regimentam a educação, colocam que não pode haver disparidade ou diferença salarial entre professores”, defendeu o líder do sindicato
Antonio Celso Moreira disse ainda que, por meio do PCCS, a proposta da categoria pretende equilibrar o salário, garantindo piso de R$ 950,00.
“Nós estamos lutando para que cada professor saia com o mesmo salário base e a diferença só vai acontecer na graduação e no tempo de serviço de cada professor”, concluiu
Os professores também criticaram a pintura de algumas escolas que está ocorrendo agora. O problema seria que os alunos estão sem aula. Sobre a elaboração da reforma do PCCS, por parte do governo, Antonio Celso Moreira disse ainda que apenas um representante dos professores foi convocado para os debates e que a intenção, desse fato, seria “sufocar” o representante que não teria tanto poder de argumentar contra 10 pessoas do time oficial da Prefeitura.
Palavra do secretário
Procurado por nossa reportagem, o secretário de educação, professor Jacinto Junior, indicado ano passado pelo mesmo movimento sindicalista, disse que não há motivos para a manifestação, pois o PCCS está sendo reformulado, inclusive com a participação direta de Antonio Celso, que pode, a seu arbítrio, levar para as reuniões quantos outros membros do sindicato quiser.
“Estamos na medida do possível procurando adequar e prover todas essas históricas reivindicações. Estamos fazendo a reformulação e até dezembro nós a faremos completamente e encaminharemos para o Legislativo que fará, então, a sua análise e, aprovando-a, será encaminhado para o Executivo para a sanção final, então estamos abertos para a discussão com a categoria”, afirmou Jacinto Junior
Sobre o piso salarial de R$ 950,00, o secretário informou que os municípios têm até dezembro deste ano para adequarem-se ao chamado piso nacional. Perguntado se até tal data todos os professores de Codó já estarão com este mínimo, respondeu:
“A equipe com esta responsabilidade está fazendo um levantamento pra ver, realmente, este impacto e tenho certeza que chegaremos à um consenso, afinal de contas o governo está aberto para a discussão e a categoria, com certeza, vai sair ganhando nessa luta que está sendo empreendida, não agora, é desde 1997. Se Deus quiser em dezembro nós faremos com este Plano seja aprovado”, disse
Em relação à pintura em momento inoportuno, segundo os manifestantes, o secretário municipal disse que a pintura é benéfica e “irá promover um novo ar para a comunidade estudantil”. Quanto às aulas perdidas, Jacinto garantiu que serão recuperadas.
“As aulas que estão sendo paralisadas vão ser, na medida do possível, nos finais de semana repostas pela categoria dos trabalhadores da educação, portanto nós entendemos que é um momento inoportuno, mas necessário por conta de um processo que foi feito pela Justiça em exigir”, concluiu.
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