Codó

Homem é suspeito de causar morte de enteada

Acélio Trindade/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h11

CODÓ – Uma adolescente, moradora da rua da Alegria, Codó Novo, morreu de forma repentina e a causa pode estar ligada a um espancamento. A lavradora Raimunda da Costa, mãe da vítima, contou à delegada, Maria Tecla Cunha, que já tinha sido espancada diversas vezes. Na última, a filha, que completaria 14 anos, nesta quarta-feira (12), tentou defendê-la, mas foi agredida também com um pedaço de ripa.

Depois disso, a menina passou a se reclamar de dores constantes no corpo até ter sido encontrada morta, no último domingo. “Fui arrastada pelos cabelos na piçarra, nesse mesmo dia que ela apanhou. Ela tentou me defender e ele pegou o pau e lascou nas costas dela. O doutor fez o exame lá tudinho. Tava infeccionada, tava cheio de pus, ele limpou tudo no hospital esta noite”, disse a lavradora chorando.

Causa da morte

Perguntada sobre se ela achava que o espancamento da filha, ocorrido por volta de 27 de julho (quando houve o registro da ocorrência na delegacia), teria sido a causa da morte da adolescente, respondeu: “Foi, o doutor falou que foi. Ela começou com uma dor nas costas todo tempo, caminhava assim, desse jeito assim (curvada). Andei pro HGM direto com ela, num tava mais caminhando. Ela adoeceu sexta-feira passada e morreu anteontem”, explicou.

O lavrador, Domingos Filho, 35 anos, confessa que, embriagado e depois de ter ouvido uma provocação da companheira, com quem vivia há 3 anos, realmente a agrediu, mas não fez o mesmo contra sua enteada.“Não espanquei ela, apenas empurrei ela, mas a mulher tá me condenando aí de ter espancado ela, só pra me condenar. Eu só fiz, peguei a ripa, empurrei a menina e ela caiu. Agora ela tá me condenando dizendo que eu espanquei a menina demais. Na minha esposa eu só dei um tapa nela, só”, justificou-se o suspeito.

De acordo com a versão do lavrador, no dia da agressão, um amigo dele o teria convidado a beber um litro de vinho comemorando o nascimento de uma criança. “Aí eu deixei ela (Raimunda) em casa e ela disse que eu ia dá meu ..... para o cabra, aí eu voltei tomei uma ripa que tava na mão dela, empurrei e pronto, aí ela caiu”, disse

Caso encerrado

A delegada só espera o laudo médico para anexar ao inquérito, mas não tem mais dúvidas, de que vai autuar Domingos Filho por homicídio. “Na minha ótica, está definido. Então ele vai ser enquadrado de acordo com o que diz o laudo médico. Estou só aguardando o laudo cadavérico, mas de imediato o que se prevê é a prática do homicídio”, afirmou a delegada.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.