CODÓ - Está em um dos leitos do Hospital Geral Municipal desde a noite do último sábado, 14, o moto-taxista Francisco Alves de Moraes, de 23 anos, morador da rua Pe. Cícero, bairro Codó Novo.
Recebidos à bala
Ele foi preso pela Polícia Militar após uma troca de tiros na rua Vila Nova (Codó Novo). Na versão do comandante da PM, major Jairo Xavier, os militares foram chamados para conter uma briga generalizada com disparos de arma de fogo nas imediações. Ao abordarem dois suspeitos de participação na confusão, foram recebidos a bala. “Foi feito um cerco na área e neste cerco as pessoas que empreenderam fuga atacaram a polícia, ou seja, atiraram na polícia. A polícia também revidou, claro, alvejou um, esse foi preso, foi autuado em flagrante e encontra-se hospitalizado sob a custódia do Estado”, explicou Xavier.
Francisco, atingido por uma bala no braço e com uma queimadura na perna (segundo ele resultado da queda da moto no encontro com a viatura da PM) diz que serviu como laranja de um homem identificado apenas como “Benditinho”. Este o teria pago apenas para levá-lo à um motel.
O revólver
Sobre um revólver, calibre 38, apreendido pela polícia em poder do moto-taxista, ele apresentou a seguinte explicação. “O que aconteceu de fato foi que eu ia fazendo uma corrida pra esse Bendito, que ele foi na minha casa pedir pra mim levar ele lá nesse motel. Aí ele disse – oh, eu vou deixar a minha arma contigo porque aqui acontece muito assalto, tu porta esta arma aí quando tu retornar pra me buscar tu me entrega, porque ele ia marcar horário pra mim retornar pra mim buscar ele”, explicou.
Na rua Vila Nova, há marcas de bala em pedaços de madeira pelos quintais e uma telha quebrada, também por tiro, na frente da casa onde os dois foram abordados. Quem presenciou tudo como a estudante, Adriana Coelho, que namorava na porta de casa no momento, afirma que houve, realmente, a troca de tiros. “A moto veio, o carro peitou na moto e a moto peitou na calçada aí foi na hora que o bandido fugiu pra cá (quintal onde ela falava) e eles atiram um no outro. Os policiais atiraram de lá, aí um correu pra cá e trocaram bala eles dois no quintal, o policial e o bandido, aí eu entrei pra dentro de casa”, relatou a jovem ainda nervosa com o que viu.
“Vou procurar um advogado"
Francisco diz que vai constituir advogado para se defender. Se acha injustiçado. “Eu não reagi nada, eu não reagi. Quem atirou foi os PM contra mim e me atingiu o meu braço, eu não dei nenhum tiro contra eles, nenhum tiro. Depois que eu cai no chão eles foram lá e tiraram a arma até da minha cintura, falaram assim ele ta armado. Agora eu vou procurar um advogado e vamos ver o que dá aí, né”, afirmou.
Caçada continua
Major Xavier confirmou que Francisco foi autuado em flagrante por porte ilegal de armas e também deverá responder por tentativa de homicídio. Quanto à Benditinho, informou. “Nós já temos a identificação, sabemos de quem se trata e já estamos caçando este indivíduo aqui dentro de Codó”, concluiu o comandante.
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