Conselho Tutelar

Diminuem casos de estupro em Codó

Imirante/O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 13h25

CODÓ - O Conselho Tutelar (CT) de Codó divulga que caiu o número de registros de um dos mais violentos crimes contra a criança e o adolescente: o estupro, em relação a 2006. Neste ano, a entidade registrou grande número de casos, mas em 2007, pelos dados apresentados na audiência pública dos conselheiros, nenhum estupro contra menor chegou ao conhecimento da entidade. Este ano, três casos foram contabilizados pelo CT.

Mesmo com o registro, a conselheira, Yracy de Sousa, considera o resultado satisfatório e atribui isso ao trabalho de conscientização desenvolvido pelo Conselho Tutelar. “A sociedade, aos poucos, vai reagindo e o agressor começa a temer a punição. Não podemos dizer que com a conscientização a violência não aconteça, mas reduz consideravelmente”, afirmou a conselheira.

Com relação aos demais crimes de abuso sexual, a situação ainda é preocupante. Nos últimos dois anos, nada menos que 40 menores foram abusados por adultos que tentaram, de forma libidinosa, satisfazer seus impulsos sexuais.

Narcizo Ferreira, coordenador do Conselho Tutelar, analisou que o número de denúncias pode ser maior, uma vez que muitas famílias continuam mantendo sigilo dos casos ocorridos em casa. “A família não gosta de denunciar, talvez para proteger a imagem da vítima ou a imagem do agressor. Algumas vezes para proteger o nome da família”, observou Ferreira.

O conselheiro destacou que o problema não diminui quando a denúncia é feita, pois a criança tem dificuldades para contar tudo e os adultos que sabem da agressão se retraem, ficam receosos ou envergonhados pelo que aconteceu.

“É difícil para a gente perguntar a uma criança sobre o abuso. É difícil também, para ela responder, o que significa dizer que é difícil conseguir provas”, ressaltou o conselheiro tutelar.

Por causa da dificuldade de amealhar provas, muitos agressores estão fora da cadeia. “Nós ficamos em um ciclo: buscando provas para enviar ao Ministério Público. Se você não tem o mais importante, que é a prova, não pode denunciar. Existem muitos casos que a gente não consegue provar, embora tenha indícios do crime”, exemplificou Ferreira.

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