Codó

Após motim, presos são transferidos

Os presos foram transferidos para São Luís, Caxias, Peritoró e Coroatá.

Acélio Trindade

Atualizada em 27/03/2022 às 13h25

CODÓ - A cadeia pública de Codó amanheceu, praticamente, vazia. Desta vez o motivo não foi uma fuga em massa. É que a maioria, dos 51 presos que superlotavam as três celas da delegacia, foi transferida de forma urgente para as cidades de São Luís, Caxias, Peritoró e Coroatá.

O motim começou por volta do meio dia de ontem, 9, quando os presos se recusaram a almoçar e começaram a destruir as celas deixando muito prejuízo ao Estado. O tumulto generalizado só não resultou numa grande fuga por causa da chegada da Polícia Militar, sob o comando de Major Xavier, chamada para ajudar a conter os ânimos, que continuaram exaltados até o aparecimento na carceragem dos promotores de Justiça Esdras Liberalino Soares Junior e Gilberto Câmara.

COMIDA DE PRIMEIRA

Para eles, os presos fizeram as reivindicações. “Visita dos parentes, banho de sol, cardápio variado. Eles reclamam que a comida que vem é a mesma todo santo dia. Reivindicação de benefícios aos sentenciados que estão cumprido pena, que, infelizmente, ainda estão, não eram pra estar, mas estão aqui porque as penitenciárias estão lotadas e já em contato com o superintendente (de Polícia) e o delegado Geral que vai também entrar em contato com o Corregedor Geral da Justiça pra tentar viabilizar a transferência desses presos para a penitenciária”, disse Esdras Liberalino.

E o foi o que aconteceu. Por volta das 4:20 hs da tarde, viaturas vindas de cidades como Peritoró e Coroatá começaram a transportar os amotinados para outras cidades. Trabalho que entrou pela noite e passou a ser acompanhado por dezenas de populares e parentes de presos que chegavam para auxílios de rotina como deixar água ou lanches, estes foram pegos de surpresa pela operação de transferência.

SEM VAGAS

De acordo com o promotor de Justiça, entre 20 a 25 detentos já eram sentenciados, poucos destes ainda dependiam de resultado de recursos. Mas o problema é que as penitenciárias estão sem vagas. Esdras Liberalino, criticou. “Cadeia pública não é local de cumprimento de pena, penitenciária é que é o local adequado. A superlotação é um problema no Maranhão, no Brasil, nós temos que viabilizar. É falta de penitenciária, de como alocar estes presos” , frisou.

15 PARA 4

A situação tomou rumo de rebelião por que, entre outros motivos, até 15 homens ficavam amontoados em redes e no chão de uma só cela, construída para abrigar apenas 4 presos. Todos reclamavam da falta de higiene e da alta temperatura que uma cela atingia em dias de sol forte por causa da aglomeração. Também falam em coceiras por todo o corpo que, freqüentemente, acometem os detentos.

Hoje o delegado regional, Osires Martins, vai analisar a real abrangência dos danos causados ao prédio da delegacia, onde a imprensa ainda não teve acesso, para tomar as devidas providências.

Saiba quem disputa as eleições em Codó.

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