CODÓ - A catarata atinge milhares de maranhenses com idade acima de 60 anos. Em Codó, centenas de pessoas vêem experimentando uma nova visão passando por cirurgias gratuitas na Fundação Para o Desenvolvimento Comunitário e Assistência Médica (Fundamed), entidade filantrópica que possibilita as cirurgias mediante convênio com o poder público.
A média é de 50 operações por mês, o que vem acontecendo há quase dois anos. A aposentada, Maria das Dores Vieira, resolveu procurar um oftalmologista porque não consegue mais desenvolver atividades antes tidas como normais. “Não consigo mais enfiar a agulha da máquina (de costura), catar bem o arroz e limpar a casa porque não vejo tudo. A vista está embaçada, tem hora que fica muito ruim”, queixou-se a aposentada.
O oftalmologista, Luís Augusto Castelo Branco, explicou que o problema aparece naturalmente com o envelhecimento do cristalino, que é a lente dos olhos. “A catarata nada mais é que a opacificação, a perda da transparência de uma lente que todos nós temos. Esta lente é transparente durante a infância e durante a juventude, mas se desgasta com o tempo”, detalhou o médico.
A aposentada Antônia Sousa Cruz, por exemplo, livrou-se da catarata nos dois olhos, recentemente. Está radiante, conta que tinha medo de enfrentar a cirurgia, mas agora está enxergando como na juventude.
IMPORTANTE
A visita ao médico - que deve ser feita pelo menos uma vez no ano - é importante para diagnosticar a catarata. “É essencial se tratar de maneira mais precoce possível e só tem como fazer isso se o diagnóstico precoce for realizado. Se você posterga esta situação, pode chegar a um oftalmologista numa situação de degradação muito grande dessa patologia”, ressaltou Luís Augusto Castelo Branco.
Uma vez descoberta, só uma cirurgia pode reverter o quadro clínico do paciente de catarata. De acordo com o especialista, houve um grande avanço no campo da medicina. “No meu entender, foi a cirurgia que mais evoluiu na medicina nos últimos 30 anos”, frisou o oftalmologista.
O Brasil tem uma defasagem grande quando o assunto é manter o controle da doença por meio de cirurgias. Calcula-se que o país precisaria de 650 mil operações por ano, o que logicamente não acontece. “Para o Brasil colocar em dia a quantidade de cirurgias de catarata que precisam ser realizadas precisaria multiplicar o número de operações que se está fazendo atualmente, por três”, calculou Luís Augusto Castelo Branco.
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