Caxias

Saúde de Caxias intensificou o combate ao mosquito da dengue

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h18

CAXIAS - O município de Caxias intensificou a “guerra” contra o mosquito Aedes aegipty, agente transmissor da dengue. A população é convocada, mais uma vez, pelos agentes de combate a endemias, para participar dos mutirões de combate ao mosquito, desenvolvidos pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

O primeiro bairro a receber a visita dos agentes é o Antenor Viana, que aparece nas estatísticas como um dos que possuem maiores índices de infestação predial. O objetivo dessa nova etapa de trabalho é dar destino adequado ao lixo doméstico e levar ao conhecimento das famílias o risco que o Aedes aegypti apresenta com a possibilidade de procriar em qualquer depósito de lixo por menor que seja.

Depois de ser afetada pela doença duas vezes, a moradora do bairro, Analice Oliveira, já sabe o que deve fazer para ajudar no combate ao mosquito. O lixo doméstico da sua residência agora é acondicionado em sacos plásticos e amarrados até que a coleta seja feita. O cuidado também é redobrado com as pequenas tampas de garrafas pet e as cascas de ovo. Se depender da sua família, a doença não contamina mais ninguém.

“O povo só toma consciência das coisas quando acontece. Foi assim comigo. Somente depois que eu tive a doença foi que eu vi que tinha que fazer a minha parte e não ficar esperando apenas pelos outros. Agora eu não descuido mais para não adoecer de novo”, destacou Analice Oliveira.

A coordenadora do CCZ , Nélia Souza, revelou que o trabalho deve ser coletivo, pois enquanto o mosquito não prolifera no seu quintal, pode estar fazendo isso na casa do vizinho. O catador de lixo, Emanuel Ribeiro, tem essa consciência, tanto que alerta os vizinhos da rua onde reside para ajudarem no combate à dengue.

“Pelo menos as embalagens a gente guarda de cabeça para baixo. Não deixa nada virado para os mosquitos não botarem os ovos e adoecer todo mundo”, ressaltou o catador de lixo.

PERIGO

O município de Caxias é apontado pelo Ministério da Saúde (MS) como uma das zonas de risco para a proliferação do mosquito da dengue. É justamente para evitar um surto da doença que os trabalhos do Centro de Controle de Zoonoses são desenvolvidos o ano inteiro.

Este ano, o município já detectou cerca de 20 casos de dengue. Em 2008 o município conseguiu reduzir os casos da doença, em comparação ao ano anterior. Foram 160 em 2007 contra apenas 81 confirmados em 2008. Segundo a diretoria do CCZ, essa redução não foi gratuita.

A realização dos mutirões que acontece em um bairro de cada vez e envolve toda a comunidade desses locais, desde crianças até o público da terceira idade, é um ponto importante no combate ao mosquito transmissor da dengue.

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