Estudo

Projeto estuda caracterização genética de peixes do rio Itapecuru

Ascom UEMA

Atualizada em 27/03/2022 às 13h19

SÃO LUÍS - Encontrar formas sustentáveis para utilizar os recursos naturais é o grande desafio do século XXI. Nesse sentido, professores e alunos do curso de Biologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), no Centro de Estudos Superiores de Caxias (Cesc), iniciaram um projeto intiulado “Caracterização e variabilidade genética de peixes da família pimelodidae do rio Itapecuru/MA, subsídios para manejo e conservação”, a fim de catalogar geneticamente peixes da Bacia do rio Itapecuru, requisito fundamental para o manejo e conservação das espécies na região.

Dos 31 gêneros desta família, quatro compreendendo cinco espécies ocorrem no rio Itapecuru, que pelas suas características, abrangência e aporte de água, apresenta grande potencial pesqueiro como alternativa para o desenvolvimento regional. São peixes conhecidos dessa família, o Surubim, Pintado, Bico-de-pato, Lírio, Mandi Dourado e Mandi Sacaca, muito comuns nesse habitat.

Até o momento, nenhum outro estudo com essas características foi realizado na região. Esse projeto permitirá indicar a real situação dos níveis de variabilidade genética das populações de peixes do rio Itapecuru e, assim, subsidiar medidas que permitam o uso sustentável destes recursos e, consequentemente, a conservação de seus estoques, já que até o momento a pesca predatória é comum na Bacia do rio.

“Este trabalho é pioneiro. O tema é de grande relevância para o estado do Maranhão, visto o rio Itapecuru ser genuinamente maranhense e sua ictiofauna (conjunto das espécies de peixes que existem numa determinada região biogeográfica) não ser conhecida”, relatou a professora Claudene Barros, docente da Uema e coordenadora do projeto.

Ela comentou, ainda, que “a família Pimelodidae apresenta um grande valor econômico e tem sido bastante explorada na região, o que torna de suma importância mapeá-los geneticamente. Estudos dessa natureza são amplamente realizados para avaliação da estrutura dos estoques de peixes em várias regiões do mundo”.

O projeto conta com a parceria da Universidade Federal do Pará (UFPA) que oferece o Laboratório de Genética e Biologia Molecular (LGBM) do campo de Bragança para o desenvolvimento do sequenciamento do DNA. Além disso, a instituição paraense oferece alguns pesquisadores que ajudam diretamente no que refere à análise dos dados genéticos.

Do Cesc/Uema participam do projeto 18 bolsistas do curso de Biologia da Universidade.

A iniciativa faz parte de um projeto maior “Levantamento, manejo e conservação de recursos pesqueiros da bacia do rio Itapecuru/MA”, financiado pelo Banco do Nordeste do Brasil S/A.

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