CAXIAS - Depois de nove anos, a Associação em Defesa dos Direitos da Vida de Caxias (Lar Amigo Solidário) finalmente conseguiu dar início ao processo de instalação da sua casa de passagem. O local, situado na rua Veras de Holanda no Bairro Ponte, servirá para atender inúmeras pessoas vítimas da Aids, que estão no município em busca de tratamento e apoio.

A maior barreira para a realização desse sonho já foi quebrada: romper o preconceito dos proprietários que se negavam a alugar seus imóveis quando sabiam que tipo de trabalho seria realizado no lugar.

Para a fundadora e coordenadora da associação, Silvana de Oliveira Pinheiro, uma próxima batalha está por vir. Será a luta para a captação de recursos para a manutenção da casa. Ela não desanima e acredita na possibilidade de que esta ajuda possa vir de novos amigos solidários, empresários e comerciantes, além da população de modo geral, engajados nas doações mensais feitas para manter o trabalho realizado pela entidade.

CAMPANHA

Uma campanha para a captação de doações está em andamento e acontece não apenas com manifestações, shows ou promoções, mas com pedidos de ajuda feitos diretamente a essas pessoas.

Foi por meio de uma solicitação como essa que a associação passou a contar com um grande padrinho. Um empresário local ajudou não apenas na reforma da casa, mas já garantiu uma parte da mobília, geladeiras (devem ser três), fogão e TV para a residência.

O mais importante, como destaca Silvana Pinheiro, é que a doação não chegou isoladamente, mas acompanhada da ajuda do próprio empresário que nos fins de semana, com alguns de seus funcionários, tem posto a “mão na massa” e ajudado na reforma da casa.

MORADORES

Ficou estipulado que na casa de passagem não haverá moradores fixos, assim como também não haverá um prazo máximo ou mínimo para que cada paciente permaneça no local. Tudo dependerá do tratamento de cada um.

Outro ponto que já foi fixado é que homens, mulheres e crianças poderão usar os serviços oferecidos no Lar Solidário. Um dos quartos servirá para receber mães e filhos portadores de HIV.

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