TURILÂNDIA – O presidente da Câmara de Vereadores de Turilândia, José Luís Araújo Diniz, conhecido como "Pelego" (União Brasil), assumiu interinamente o comando da Prefeitura Municipal. A mudança ocorre em cumprimento a uma decisão judicial do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), que impede os titulares eleitos - o prefeito Paulo Curió (União) e a vice-prefeita Tânya Mendes (PRD) - de exercerem cargos no Poder Executivo.
A vacância temporária e a nova linha sucessória foram oficializadas por meio de uma portaria publicada nesta sexta-feira (26).
Com a saída de Pelego para o Executivo, a vice-presidente da Casa, vereadora Inailce Nogueira Lopes, assumiu a presidência interina da Câmara Municipal.
Investigação e prisão domiciliar
Pelego é um dos investigados na Operação Tântalo II e cumpre prisão domiciliar. Apesar da restrição, ele e outros parlamentares estão autorizados pela Justiça a se deslocarem até a Câmara Municipal exclusivamente para participar de sessões previamente marcadas. Qualquer outra saída sem autorização pode resultar na revogação do benefício e transferência para uma unidade prisional.
Além do presidente, outros cinco vereadores de Turilândia tiveram a prisão convertida em domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica:
- Gilmar Carlos (União Brasil);
- Savio Araújo (PRD);
- Mizael Soares (União Brasil);
- Inailce Nogueira (União Brasil);
- Ribinha Sampaio (União Brasil).
A conversão para o regime domiciliar, segundo o Ministério Público do Maranhão (MPMA), foi necessária para garantir o funcionamento do Poder Legislativo municipal, uma vez que o prefeito Paulo Curió, a primeira-dama e a vice-prefeita continuam detidos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Operação Tântalo II: Desvio de R$ 56 milhões
As investigações do GAECO apontam que uma organização criminosa estruturada se instalou na gestão pública de Turilândia. O esquema teria desviado cerca de R$ 56 milhões, principalmente das áreas de Saúde e Assistência Social, utilizando empresas de fachada para simular serviços.
Ao todo, 21 mandados de prisão foram expedidos. O grupo é investigado por operar de forma hierarquizada, envolvendo agentes políticos, servidores e empresários. A Operação Tântalo II é um desdobramento de uma fase anterior deflagrada em fevereiro deste ano, que já apurava fraudes em licitações e desvios de recursos públicos no município.
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