Meio ambiente

Brasil avança na gestão de resíduos, mas ainda convive com quase 3 mil lixões

Panorama 2025 mostra melhora na destinação correta, expansão da reciclagem e crescimento da bioenergia.

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Brasil gerou 81,6 milhões de toneladas de RSU em 2024; destinação ainda é desafio
Brasil gerou 81,6 milhões de toneladas de RSU em 2024; destinação ainda é desafio (Foto: Carlos Arte)

O Brasil gerou 81,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) em 2024, aumento de 0,75% em relação ao ano anterior. Desse total, 76,4 milhões de toneladas (93,7%) foram coletadas e 41,4 milhões de toneladas (59,7%) receberam destinação ambientalmente adequada em aterros sanitários. Os dados integram o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2025, divulgado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema).

Produção de resíduos e avanço na destinação correta

A geração média por habitante correspondeu a 384 quilos por ano, ou 1,241 quilo por dia. Embora 40,3% dos resíduos ainda tenham destino inadequado, o relatório aponta melhora frente ao ano anterior, quando o índice era de 41,5%. Mesmo com a proibição nacional de descarte irregular, o país ainda convive com quase 3 mil lixões, segundo a Abrema.

Reciclagem cresce, mas ainda é insuficiente

Em 2024, 7,1 milhões de toneladas de resíduos secos foram encaminhadas à reciclagem, o equivalente a 8,7% do total gerado. Do volume reciclado, 2,5 milhões de toneladas vieram da coleta pública e 4,6 milhões de toneladas de atividades informais. Apenas 52% desse material foi efetivamente recuperado, enquanto o restante acabou destinado como rejeito.

Bioenergia amplia reaproveitamento de resíduos

Pela primeira vez, o estudo avaliou o uso de resíduos orgânicos e não recicláveis para geração de energia, incluindo combustíveis derivados de resíduos, biogás, biometano e compostagem — conceito reunido como “reciclagem bioenergética”. Essa modalidade abrangeu 11,7% dos resíduos gerados, superando a reciclagem tradicional de secos, que ficou em 8,7%.

Logística reversa avança com ampliação de sistemas

A edição também analisou os 13 sistemas de logística reversa em funcionamento no país, que abrangem setores como eletrônicos, medicamentos, pneus, embalagens e lâmpadas. Segundo a Abrema, o país avança na consolidação de um modelo de economia circular, impulsionado pelo Decreto 12.688/2025 — o “Decreto do Plástico” — que ampliará de 13 para 14 os materiais incluídos na cadeia de reciclagem.

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