AEE

Deputados aprovam adicional para educação inclusiva

O benefício Adicional Nacional de Inclusão Educacional (Anie), busca valorizar docentes que atuam no Atendimento Educacional Especializado (AEE)

Ipolítica

Câmara dos Deputados
Câmara dos Deputados (Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados)

BRASIL - A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4622/25, que cria um adicional salarial para professores da educação básica pública que trabalham diretamente com alunos com deficiência. O benefício, denominado Adicional Nacional de Inclusão Educacional (Anie), busca valorizar docentes que atuam no Atendimento Educacional Especializado (AEE) e em outras funções ligadas à educação especial.

O texto é de autoria do deputado Duda Ramos (MDB-RR) e reconhece o esforço adicional exigido desses profissionais. Para o parlamentar, o objetivo é fortalecer a inclusão escolar e assegurar melhores condições de trabalho aos educadores envolvidos nesse processo.

Parecer aprovado pela comissão

A proposta recebeu parecer favorável da relatora, deputada Andreia Siqueira (MDB-PA). Segundo ela, o pagamento do adicional incentiva o compromisso com práticas inclusivas e reconhece a complexidade da atuação desses professores.

“Dar aulas para alunos com deficiência envolve flexibilização pedagógica, avaliação contínua da aprendizagem e suporte específico. Isso exige um esforço adicional desses professores”, afirmou a relatora.

Como funcionará o adicional

O projeto estabelece percentuais mínimos sobre o salário básico:

12% para atividades gerais de inclusão;

15% para atuação no AEE.

Estados e municípios poderão definir percentuais maiores, desde que respeitem os pisos nacionais. O adicional também será pago a professores de classes comuns que atendem alunos com deficiência, proporcionalmente às atividades exercidas.

Para receber o benefício, o docente deverá comprovar formação compatível com a função, como licenciatura, especialização ou cursos específicos para o atendimento educacional especializado.

O texto aprovado reforça ainda que o adicional não poderá ser usado como justificativa para reduzir a inclusão de estudantes com deficiência em salas regulares.

Tramitação

A proposta seguirá para análise das comissões de Educação, Finanças e Tributação e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). A tramitação é conclusiva, ou seja, o projeto poderá seguir diretamente ao Senado caso seja aprovado em todas as comissões.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.