BRASIL - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta segunda-feira (13), durante discurso em comemoração aos 80 anos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma, que a comunidade internacional una esforços para combater a fome global.
Em sua fala, Lula afirmou que “com apenas 12% do que o mundo gasta por ano com armas, seria possível acabar com a fome da humanidade”. O presidente destacou que o planeta já produz alimentos suficientes para alimentar toda a população, mas a falta de distribuição justa dos recursos financeiros impede o acesso de milhões de pessoas à comida.
IMPOSTO GLOBAL
Lula propôs ainda a criação de um imposto global de 2% sobre os super-ricos, o que, segundo ele, garantiria recursos para erradicar a fome. “Estabelecendo um imposto global de 2% sobre os ativos dos super-ricos, obteríamos o montante necessário para garantir três refeições diárias a todos”, afirmou.
O presidente também ressaltou a importância do papel da FAO e de outras agências internacionais no combate à fome e defendeu o fortalecimento do multilateralismo. “Enquanto houver fome, a FAO permanecerá indispensável”, disse Lula.
Durante o discurso, o petista lembrou políticas sociais adotadas durante seus governos anteriores, como o Fome Zero e o Bolsa Família, que contribuíram para tirar o Brasil do Mapa da Fome em 2014. Lula celebrou o fato de o país ter voltado a sair da lista em 2024, segundo dados da FAO.
O chefe do Executivo também alertou para os impactos das mudanças climáticas na produção agrícola e pediu uma “revolução mais verde e inclusiva” para enfrentar os desafios do futuro. “Um planeta mais quente será um planeta com mais fome. É preciso agir com urgência”, concluiu.
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