Desvio na Previdência

Ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto será ouvido pela CPMI do INSS

Stefanutto era presidente do INSS quando a operação 'Sem Desconto', da Polícia Federal, foi realizada em abril

Ipolítica

Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, durante entrevista
Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, durante entrevista (Bruno Peres/Agência Brasil)

BRASÍLIA – A CPMI do INSS vai ouvir na próxima segunda-feira (13) o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social, Alessandro Stefanutto. A audiência, marcada para as 16h no plenário 2 da Ala Senador Nilo Coelho, será interativa.

Stefanutto foi exonerado em abril, após a Operação Sem Desconto - conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) - revelar fraudes contra aposentados e pensionistas. A convocação dele foi sugerida por cinco senadores, incluindo Eduardo Girão (Novo-CE) e Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI.

Presidente da CPMI diz que Stefanutto criou sistema paralelo de biometria

Segundo Viana, há “indícios de omissão grave” que permitiram “falhas sistêmicas e vulnerabilidades exploradas para fraudar beneficiários”.

“Durante sua gestão, foi autorizado o uso de sistema paralelo de biometria, sem homologação adequada e sem garantias de segurança, permitindo a ocorrência de descontos indevidos em benefícios previdenciários. Tal medida afronta a legislação de proteção de dados pessoais, os princípios da administração pública e as normas de controle interno da autarquia”, disse o parlamentar.

Viana apontou que, durante a gestão de Alessandro Stefanutto, foi autorizado o uso de um sistema paralelo de biometria sem homologação adequada ou garantias de segurança, o que possibilitou descontos indevidos em benefícios previdenciários. A medida, segundo ele, violou a legislação de proteção de dados pessoais, princípios da administração pública e normas de controle interno da autarquia.

Filho de ex-diretor de benefícios do INSS pode ter recebido propina em nome do pai, diz PF

André Paulo Félix Fidelis, ex-diretor de Benefícios do INSS, também foi convocado pela CPMI após indícios de que seu filho, o advogado Eric Douglas Martins Fidelis, teria recebido propinas em nome do pai, segundo investigações da Polícia Federal sobre fraudes contra aposentados e pensionistas.

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