TRAMA GOLPISTA

Julgamento de Bolsonaro começa nesta terça-feira

Segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República, Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento do movimento golpista.

Ipolítica

ex-presidente Jair Bolsonaro
ex-presidente Jair Bolsonaro ((Foto: Lula Marques / Agência Brasil))

BRASIL - O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete aliados começa nesta terça-feira (2) no Supremo Tribunal Federal. Eles são considerados como o Núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República, Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento do movimento golpista. Para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a organização criminosa liderada por Bolsonaro registrou todos os seus passos em busca da ruptura.

"A organização criminosa documentou o seu projeto e, durante as investigações, foram encontrados manuscritos, arquivos digitais, planilhas e trocas de mensagens, reveladores da marcha da ruptura da ordem democrática, objeto dos esforços da organização".

A PGR aponta que Bolsonaro sabia do plano Punhal Verde Amarelo, que planejava o assassinato do ministro Alexandre de Moraes, e do então presidente eleito Lula e, à época, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.

"As investigações revelaram a aterradora operação de execução do golpe, em que se admitia até mesmo a morte do presidente da República e do vice-presidente da República eleitos, bem como de ministro do Supremo Tribunal. O plano contemplava emprego de meios explosivos, instrumentos bélicos e veneno. No dia 15 de dezembro de 2022, os operadores somente não ultimaram o combinado porque não conseguiram, na última hora, cooptar o comandante do Exército".

O documento previa, entre outros pontos, a decretação de estado de sítio e intervenção no Tribunal Superior Eleitoral, com a anulação das eleições que teve Luiz Inácio Lula da Silva como vitorioso.

Paulo Gonet aponta que a organização criminosa apostava suas últimas esperanças nos atos de 8 de janeiro de 2023.

"A organização criminosa sempre incentivou e apoiou a mobilização do grupo de pessoas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, que pedia a intervenção militar na política. Nesses acampamentos pedia-se, insistentemente, uma intervenção militar ou intervenção federal — eufemismos para ruptura, pela força, do regime constitucional, vale dizer: golpe".

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