SÃO LUÍS - O Centro Universitário UNDB sedia, entre quarta (27) e sexta-feira (29), em São Luís, uma visita estratégica de forma inédita no Maranhão, que pretende contribuir com os parâmetros da avaliação do ensino superior no Brasil.
O encontro integra um projeto pioneiro conduzido pelo SEMESP (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior), que busca elevar os níveis de qualidade das instituições de ensino superior (IES) e adequar os processos avaliativos às transformações vividas pelo setor nos últimos anos. Um sistema em revisão, que visa a excelência institucional, mediante a adoção de modelos mais eficazes
Evidências mostram que o modelo de avaliação atualmente vigente requer uma adequação. A realização de cerca de 8 mil avaliações in loco por ano gera custos elevados, retrabalho para as IES e sobrecarga para o Inep, responsável pela operacionalização. Outro fator é a homogeneização dos resultados: a maioria das instituições já alcança notas 4 ou 5, o que reduz a capacidade de distinção entre diferentes níveis de qualidade.
Além disso, os relatórios das Comissões Próprias de Avaliação (CPAs), obrigatoriamente enviados ao Inep, ainda são tratados como documentos formais e pouco integrados ao processo avaliativo e de melhoria real da qualidade das IES.
Demandas da sociedade e novos instrumentos
A consulta pública de novos instrumentos de avaliação tornou-se uma demanda urgente. Os critérios atuais datam de 2017 e já não são capazes de medir, de forma eficaz, a qualidade acadêmica em um cenário marcado por intensas transformações organizacionais, pedagógicas e tecnológicas.
Na visão do Inep, expressa pelo diretor da DAES, Ulysses Tavares Teixeira, um dos principais objetivos dos novos instrumentos é resgatar os princípios do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior). Entre os conceitos destacados, estão:
• foco na vocação e missão de cada IES;
• respeito à regionalidade;
• empoderamento das CPAs como protagonistas estratégicas;
• ênfase em ganhos efetivos de qualidade em vez de rankings;
• e a adoção de modelos de avaliação híbrida, que mesclam olhares presenciais e remotos.
Avaliação como vetor de melhorias
Outro avanço é a compreensão de que a avaliação deve ser articulada ao planejamento institucional — do alinhamento entre PDI e PPCs, passando pela execução de processos acadêmicos e administrativos, até a consolidação de práticas voltadas à melhoria contínua.
Essa perspectiva já vem sendo aplicada pela Rede Semesp de Autoavaliação Institucional, que desde 2021 utiliza um Instrumento de Autoavaliação com indicadores alinhados às demandas da sociedade. Agora, as 51 instituições participantes seguem para o 3º Ciclo de Autoavaliação, fortalecendo suas CPAs como atores estratégicos nesse processo de transformação. E nesse movimento pioneiro, encontra-se o Centro Universitário UNDB, IES do Grupo Dom Bosco.
UNDB como protagonista e sempre na vanguarda
Nessa quarta-feira, 27 de agosto, a UNDB sediará uma das visitas desse processo de validação de um instrumento complementar a disposição das IES brasileiras, reafirmando seu compromisso com a inovação e a qualidade educacional. Pelo segundo ano consecutivo, novas instituições também serão submetidas à Avaliação Interpares, modelo que combina quatro avaliadores (dois presenciais e dois remotos), promovendo um processo mais rico, colaborativo e conectado à realidade de cada IES.
A realização deste encontro em São Luís marca um momento histórico: a proposição de um instrumento complementar de avaliação que respeita a missão, identidade e vocação regional das instituições de ensino superior, ao mesmo tempo em que amplia sua capacidade de contribuir para o desenvolvimento acadêmico, social e econômico do país. Em suma, trata-se de um verdadeiro marco para a educação superior brasileira.
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