BRASIL - O iFood anunciou mudanças na remuneração e nos benefícios oferecidos a entregadores da plataforma, com vigência a partir de 1º de junho. A taxa mínima por entrega será reajustada de R\$ 6,50 para R\$ 7,50 para entregadores que utilizam moto ou carro (alta de 15%) e para R\$ 7,00 no caso de entregadores de bicicleta (alta de 7,7%). O aumento está acima da inflação de 2024, medida em 4,8%.
A empresa também padronizou as rotas de entregadores de bicicleta para até 4 km, com exceções em algumas regiões, e ampliou a cobertura do seguro pessoal. A diária de Incapacidade Temporária (DIT) passou de 7 para 30 dias, e a indenização por morte ou invalidez permanente subiu de R\$ 100 mil para R\$ 120 mil. Além disso, o plano passou a oferecer reembolso de despesas médicas, auxílio funeral, suporte emocional e ajuda com a educação dos filhos. Entregadoras também terão acesso a benefícios voltados a gestantes e pacientes com câncer.
Apesar das mudanças, representantes dos entregadores criticaram as medidas, classificando os reajustes como unilaterais e insuficientes. Entre as principais reivindicações estão o pagamento por quilômetro rodado, a equiparação da taxa mínima para R\$ 10 e a igualdade de remuneração entre modais. Segundo o Comando Nacional do “Breque dos Apps”, “é impossível falar em justiça no pagamento quando a distância percorrida e o tempo de trabalho não são levados em conta”.
Entregadores organizados em coletivos e sindicatos deram um novo prazo até 1º de junho para que a empresa abra uma mesa formal de negociação. Caso isso não ocorra, ameaçam realizar uma nova paralisação nacional.
O iFood afirma que os reajustes não trarão impacto nos preços para consumidores ou restaurantes parceiros e diz manter diálogo com entregadores desde 2021.
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