Ucrânia

Moro relata viagem à Ucrânia e critica postura brasileira sobre a guerra

Moro ressaltou os riscos e a relevância da viagem como demonstração de apoio aos descendentes de ucranianos no Paraná, que defendem a independência do país.

Agência Senado

Sergio Moro critica postura brasileira sobre guerra na Ucrânia
Sergio Moro critica postura brasileira sobre guerra na Ucrânia (Reprodução)

BRASÍLIA - O senador Sergio Moro (União-PR), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (3), relatou sua participação em uma missão diplomática à Ucrânia, ao lado de um grupo de parlamentares brasileiros, no último fim de semana. O parlamentar destacou que esteve em uma conferência de representantes latino-americanos em Kiev, capital ucraniana.

Moro ressaltou os riscos e a relevância da viagem como demonstração de apoio aos descendentes de ucranianos no Paraná, que defendem a independência do país. Segundo ele, a chegada à Ucrânia foi desafiadora, mas proporcionou um encontro com o presidente Volodymyr Zelensky e maior entendimento sobre os desdobramentos do conflito.

"Tivemos reuniões com autoridades ucranianas, soldados e vítimas civis da guerra, com os quais pudemos conhecer melhor os detalhes do conflito, os crimes de guerra de Putin e a vontade indomável da população ucraniana de lutar pelo seu país", contou.

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O senador criticou as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o encontro do G20 no Brasil, considerando-as um gesto de proximidade com Vladimir Putin, o que, segundo Moro, contradiz a tradição diplomática brasileira. O parlamentar defendeu também uma revisão dos acordos comerciais entre Brasil e Rússia.

“As exportações da Rússia ao Brasil dobraram desde o início da guerra: eram cerca de US$ 5 bilhões em 2021, atingiram US$ 10 bilhões em 2023 e seguem crescendo em 2024. O principal item de exportação da Rússia é, hoje, o óleo diesel. O Brasil tem comprado combustível sujo de sangue, já que esses recursos ajudam nos esforços de guerra russos, permitindo à Rússia contornar as consequências das sanções comerciais aplicadas por outros países”, destacou.

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