DIREITO

Projeto dispensa perícia para quem tem carteira de pessoa com TEA

Para Fonte, a exigência de um novo laudo impossibilita as pessoas mais carentes de receber benefícios como o de prestação continuada (BPC) e o auxílio-inclusão.

Câmara dos Deputados

Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Transtorno do Espectro Autista (TEA) (Divulgação)

BRASIL - O Projeto de Lei apresentado pela Câmara dos Deputados nesta semana 1231/24 determina que a Carteira de Identificação de Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) basta para comprovar a condição de saúde para fins de benefícios previdenciários e de assistência social. A proposta proíbe a exigência de nova perícia ou laudo médico.

O texto inclui a previsão na Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que prevê validade de cinco anos para o documento emitido por estados e municípios.

Segundo o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), autor da proposta, não faz sentido exigir nova perícia das pessoas que já possuem o documento. “Em municípios do interior e regiões mais pobres do País, é quase impossível conseguir um exame de ressonância magnética e um laudo de um médico neuropediatra para que se comprove o autismo no paciente”, afirmou.

Para Fonte, a exigência de um novo laudo impossibilita as pessoas mais carentes de receber benefícios como o de prestação continuada (BPC) e o auxílio-inclusão.

PRÓXIMOS PASSOS

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, o texto precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

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