BRASÍLIA - A vacina contra a Covid-19 começou a ser aplicada no Brasil há pouco mais de três anos. Desde então, foram cerca de 520 milhões de doses da vacina monovalente e 36 milhões da bivalente no país, segundo o Vacinômetro do Ministério da Saúde.
Na avaliação do médico infectologista do Hospital de Base, do Distrito Federal, Tazio Vanni, o avanço da imunização mudou o cenário local da pandemia e foi importante para a diminuição dos casos graves de Covid-19.
“O número de casos graves com certeza é bem menor do que comparado a 2020, quando a campanha vacinal ainda não tinha começado. Lembrando que essa vacina não impede que a gente se infecte, ela reduz a gravidade dos casos em quem se infecta. Por isso, a gente vê uma redução nos casos graves.”
Mas nem todo mundo teve a chance de se imunizar, como o brasiliense Marilson Fernandes de Oliveira, pai da Bruna Fernandes, de 26 anos. A moradora de Arniqueiras, no Distrito Federal, conta a história do pai, que morreu aos 54 anos, vítima da Covid. Foi em julho de 2020, no auge da pandemia, quando a vacina ainda não estava disponível.
“A gente ficou muito consternado, porque ele chegou [deu entrada no hospital] bem, falando, respirando como dava. E esse foi o fim triste de um membro da nossa família. Até hoje, não conseguimos digerir e entender bem o que aconteceu.”
A Bruna relata que todos da família se vacinaram logo que as doses ficaram disponíveis — e que nunca mais nenhum deles teve complicações por conta da Covid-19.
Desde janeiro de 2024, a vacina contra a Covid-19 faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS para crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade.
A prioridade é proteger os grupos de alto risco e aqueles mais expostos ao vírus.
Ainda fazem parte do público prioritário da vacinação os idosos, gestantes, puérperas, pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente; os trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pessoas em situação de rua, pessoas privadas de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas.
O Ministério da Saúde ressalta a necessidade do reforço anual da vacina contra a Covid-19. Segundo as autoridades de saúde, a imunização é a principal medida de prevenção contra as formas graves da doença, hospitalizações e óbitos.
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