Investigação

Caso Marielle: PF ouve Rivaldo Barbosa após carta a Moraes

Rivaldo Barbosa era chefe da Polícia Civil quando o crime ocorreu no Rio de Janeiro; ele é apontado como um dos mentores do crime.

Ipolítica, com informações do Metrópoles

Rivaldo Barbosa é delegado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro
Rivaldo Barbosa é delegado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro (Thomaz Silva / Agência Brasil)

BRASÍLIA - O delegado de polícia e ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, apontado como mentor dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, será ouvido nesta segunda-feira (3) pela Polícia Federal. Ele está na Penitenciária Federal de Brasília.

A oitiva ocorrerá depois de o delegado ter enviado uma carta ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido para ser ouvido com urgência pelos investigadores sobre o caso. 

“Ao Exmo. Ministro, por misericórdia, solicito que V.Exa. faça os investigadores me ouvirem, pelo amor de Deus”, escreveu Barbosa em um bilhete entregue ao oficial de justiça que o notificou dentro da Penitenciária Federal de Brasília.

No mês de março deste ano uma operação da PF prendeu os suspeitos de mandar matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. 

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Além de Rivaldo Barbosa foram presos o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e o irmão dele, Domingos Brazão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Rio.

Na última semana, a PGR apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra quatro pessoas. Foram responsabilizados pelo duplo homicídio: o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Inácio Brazão, o deputado federal João Francisco Inácio Brazão, Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior e Ronald Paulo de Alves Pereira.

A PGR considerou que Marielle foi morta por representar um obstáculo para os interesses econômicos dos irmãos Brazão.

“Marielle se tornou, portanto, a principal opositora e o mais ativo símbolo da resistência aos interesses econômicos dos irmãos. Matá-la significava eliminar de vez o obstáculo e, ao mesmo tempo, dissuadir outros políticos do grupo de oposição a imitar sua postura”, escreveu Hindemburgo Chateaubriand, vice-procurador-geral da República.

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