TENTATIVA DE GOLPE

PF vê necessidade de apurar omissão de ex-comandantes do Exército e Aeronáutica

Corporação quer entender se eles contribuíram, ao se omitirem, para a tentativa de golpe no fim do governo Jair Bolsonaro.

Ipolítica, com informações do G1

Ex-comandantes do Exército e Aeronáutica
Ex-comandantes do Exército e Aeronáutica (G1)

BRASÍLIA - No relatório que embasou a operação Tempus Veritatis, a Polícia Federal (PF) aponta a necessidade de apurar se o ex-comandante do Exército, Freire Gomes, e o da Aeronáutica, Baptista Junior, contribuíram para a tentativa de golpe por omissão.

Segundo o relato feito pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o da Marinha, Almir Garnier, teria sinalizado adesão a um eventual golpe militar. Ele é o único dos três comandantes alvos da operação.

A PF, contudo, indica que a postura dos outros dois precisa ser apurada para se entender o motivo de não terem denunciado os planos em andamento.

Conforme o exposto, os fatos apresentados revelaram a adesão e participação de vários militares aos atos que estavam sendo desenvolvidos pelo grupo investigado na tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Em relação ao general Freire Gomes e ao Brigadeiro Baptista Junior os elementos colhidos, até o presente momento, indicam que teriam resistido às investidas do grupo golpista. No entanto, considerando a posição de agentes garantidores, é necessário avançar na investigação para apurar uma possível conduta comissiva por omissão pelo fato de terem tomado ciência dos atos que estavam sendo praticados para subverter o regime democrático e mesmo assim, na condição de comandantes do Exército e da Aeronáutica, quedaram-se inertes", atesta o documento.

DIVULGAÇÃO PERIGOSA E INOPORTUNA 

Outro militar citado no relatório, mas que não aparece como alvo, é o pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o general Lourena Cid.

Lourena havia sido citado na investigação da venda de joias no exterior e foi o envolvimento do pai que levou Mauro Cid a optar por um acordo de colaboração premiada. Até então, a justificativa era de que Lourena apenas havia ajudado em uma missão recebida pelo filho.

O relatório, no entanto, mostra uma troca de mensagens que revela uma preocupação com a narrativa montada pelo grupo golpista para manter apoiadores mobilizados.

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