BRASÍLIA - O deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ), é alvo de uma operação de busca e apreensão realizada na manhã desta quinta-feira (25) pela Polícia Federal (PF). Ele é investigado por suposto monitoramento ilegal de autoridades no período em que esteve na agência.
De acordo com a PF, é possível que a Abin tenha utilizado ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis (celulares e tablets, por exemplo) sem autorização judicial e sem o conhecimento do próprio monitorado, para investigar autoridades.
As buscam dais quais Ramagem é alvo acontecem em seu gabinete, na Câmara Federal e no apartamento funcional disponibilizado pelo Parlamento, em Brasília.
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Toda a ação da PF foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ramagem é mais um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de investigação e de ações de busca e apreensão depois de ele ter pedido a eleição.
Ao todo, a PF cumpre 21 mandados de busca e apreensão relacionados ao caso. São 18 em Brasília (DF), 1 em Juiz de Fora (MG), 1 em São João del Rei (MG) e 1 no Rio de Janeiro.
Os federais investigam o suposto uso criminoso da ferramenta 'FirstMile'. O mau uso dessa tecnologia de espionagem, desenvolvida pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint), foi revelado em março pelo jornal O Globo.
O software foi comprado pelo governo e usava dados de GPS para monitorar irregularmente a localização de celulares de servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes.
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