Saúde

2,5 milhões comprimidos contra Covid-19 já foram distribuídos na rede pública de saúde no Brasil

A entrega dos medicamentos para o SUS é importante, mas outras medidas precisam ser adotadas, segundo especialista.

Brasil 61

Até o momento, o Brasil alcançou a marca de 210.147.125 casos de Covid-19 desde o início da pandemia.
Até o momento, o Brasil alcançou a marca de 210.147.125 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. (Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil)

BRASIL - O medicamento Paxilovid, utilizado para tratamento da Covid-19, já teve a distribuição de 2,5 milhões comprimidos no Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é composto pelo antiviral nirmatrelvir e ritonavir, que são embalados e administrados juntos. Até o momento, o Brasil alcançou a marca de 210.147.125 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. Só na semana epidemiológica 53 — entre 27 de dezembro de 2023 e 02 de janeiro de 2024 — foram 40.432 notificações. 

Mesmo com um número reduzido da doença, se comparado com os números no início da pandemia, o médico infectologista Julival Ribeiro ainda demonstra preocupação. Para o especialista, o governo poderia fazer mais como tentativa de controlar as contaminações que ainda ocorrem no país. 
 
“O governo tem que fazer é o monitoramento de como estão essas variantes circulando no Brasil, como por exemplo a gente já sabe que tem outras variantes nos Estados Unidos, aqui também, e nós temos que saber como é que está se disseminando ou se espalhando essas variantes aqui no Brasil e fazer a parte educativa que é fundamental para a população”, avalia.

Segundo o Ministério da Saúde, todos os estados brasileiros estão sendo abastecidos com o medicamento. Mas é preciso lembrar que existem indicações para a utilização do remédio, conforme explica o infectologista Julival Barbosa.

“É para o tratamento da Covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam um risco aumentado de agravamento da doença como pessoas não vacinadas, idosos ou imuno suprimidos”, destaca.

Para a consultora de tráfego Juliana Pinna, de 29 anos, moradora do Rio de Janeiro, a possibilidade de tratamento e de medidas que consigam controlar ou, até mesmo evitar, a doença são fundamentais. Ela conta que teve covid-19 e que passou por sérios problemas até conseguir se recuperar.

“Eu tive Covid três vezes, a primeira vez meus sintomas foram bem mais graves. Eu tive bastante falta de ar, minha oxigenação chegou a 89, eu tive que ir até o hospital por conta da oxigenação, mas não tive meus pulmões comprometidos pela doença.”

Medicamento aprovado pela Anvisa

O medicamento teve seu registro definitivo no Brasil aprovado recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o Ministério da Saúde, o antiviral demonstrou em estudos clínicos que, em comparação ao placebo, foi capaz de reduzir em até 89% a possibilidade de hospitalização ou morte em pacientes do grupo elegível. Ele é recomendado para pessoas com covid-19 que possuem maior risco de progressão para a forma mais severa da doença. 

Mesmo com aprovação da Anvisa, o infectologista ressalta que o uso não deve ser feito sem controle. “Para você usar o Paxlovid, esse antiviral anti-covid, você precisa ter um teste positivo para a covid-19. Só assim é recomendado o uso do antiviral”, alerta.

De acordo com a pasta, o medicamento é direcionado para os pacientes imunocomprometidos com idade a partir de 18 anos (segundo os critérios utilizados para priorização da vacinação para covid-19) e pessoas maiores de 65 anos.

O médico infectologista Julival Ribeiro reforça. “A vacina continua sendo a melhor estratégia para se prevenir à Covid-19. E vale salientar que o Paxlovid, que é esse antiviral que pode ser encontrado nos hospitais do SUS, na rede SUS e na rede privada só deve ser usado naqueles casos indicados e que a pessoa tiver realmente um teste positivo para a Covid” O especialista alerta que para fazer uso do Paxlovid ele deve estar dentro do grupo de risco que pode desenvolver a Covid grave.

De acordo com o Ministério da Saúde, as unidades federativas serão responsáveis pela distribuição do remédio aos municípios, bem como a definição de quais serviços ele ficará disponível. 
 

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