Imunização

Brasil alcança 95% da meta de vacinação de crianças até um ano em 2023

Oito vacinas recomendadas para crianças com um ano de idade registraram alta na procura de janeiro a outubro.

Portal Brasil 61

Mesmo com esse aumento global na cobertura vacinal no Brasil, ainda existem muitas diferenças regionais
Mesmo com esse aumento global na cobertura vacinal no Brasil, ainda existem muitas diferenças regionais (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

BRASIL - Mais de 2.100 cidades conseguiram aumentar a cobertura vacinal em crianças com um ano de idade. Oito vacinas registraram alta na procura, segundo o Ministério da Saúde, de janeiro a outubro.

Cresceu a procura pelas vacinas:

  • Hepatite A
  • Poliomielite
  • Pneumocócica
  • Meningocócica
  • DTP (difteria, tétano e coqueluche)
  • Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) 1ª dose
  • Tríplice viral 2ª dose
  • Febre amarela, indicada aos nove meses de idade.

 

Com esse resultado, o Brasil atingiu a meta de 95% de aplicação de imunizantes do calendário infantil considerados fundamentais até o primeiro ano de vida. Na opinião do médico infectologista Hemerson Luz, esse crescimento é resultado de uma estratégia que levou em conta um planejamento de regionalização. 

“É muito diferente planejar levar a vacina a um município do Sertão do Nordeste, por exemplo, quando comparado com uma comunidade ribeirinha na Amazônia. Além disso, a caderneta vacinal está sendo digitalizada e os principais postos de saúde dos municípios também poderão acessar a caderneta de qualquer cidadão”, avalia.

Mesmo com esse aumento global na cobertura vacinal no Brasil, o médico diz que ainda existem muitas diferenças regionais. “Alguns municípios ainda não alcançaram uma cobertura vacinal como planejado para impedir a disseminação de doenças. Como exemplo, o sarampo, que é uma doença altamente transmissível, e que necessita de uma cobertura vacinal elevada. E alguns municípios ainda não alcançaram essa meta”, lamenta.

Cobertura ainda precisa aumentar

Francisco Job, que também é médico infectologista, faz um alerta: o cenário apresentado, por enquanto, é apenas uma reversão de tendência. “Nós estamos muito longe ainda da cobertura vacinal que nós já tivemos no passado, principalmente para algumas vacinas específicas”. O especialista destaca ainda que a vacinação de idosos no Brasil também precisa de mais atenção.

“Grandes lacunas precisam ser preenchidas por uma postura mais proativa da atenção primária e das equipes de saúde de família. Isso exige uma proatividade maior para aumentar a cobertura entre os idosos da vacina da gripe e da vacina da Covid”, ressalta.

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