Crise

Mercosul se reúne em meio a tensão entre Venezuela e Guiana

Lula comanda reunião de cúpula dos chefes de Estado dos países do Mercosul nesta quinta-feira no Rio de Janeiro; Venezuala quer tomar território da Guiana.

Ipolítica, com informações do g1

Bloco do Mercosul se reuniu no mês de junho
Bloco do Mercosul se reuniu no mês de junho (Ricardo Stuckert)

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai comandar nesta quinta-feira (7), no Rio de Janeiro, a 63ª edição da reunião de cúpula de chefes de Estado dos países do Mercosul. A reunião, de emergência, ocorre em meio a tensão entre a Venezuela e a Guiana.

Integram o bloco de países, além de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Na ocasião, Lula passará a presidência semestral do grupo ao Paraguai.  

O presidente eleito da Argentina, que tomará posse no domingo, Javier Milei, não participará do encontro por ainda não ter assumido o posto de chefe de Estado, mas já declarou que apoia um acordo comercial do Mercosul com a União Europeia. 

Apesar disso, as negociações para rever trechos do acordo entre os blocos sul-americanos e europeu devem se arrastar. Lula pretendia anunciar a conclusão das tratativas durante a reunião desta quinta - em visita à Alemanha, o presidente afirmou que vai insistir no acordo -. 

O encontro entre os chefes de Estado deve ocorrer no Museu do Amanhã, pela manhã, seguida de almoço e de outra reunião, no período da tarde.

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Nesta segunda reunião, haverá a presença dos chefes dos membros plenos do grupo, países associados e convidados. 

Na reunião desta quinta será assinado o acordo comercial entre o Mercosul e Singapura. O acordo será o primeiro do bloco com o país asiático, segundo o Ministério das Relações Exteriores. 

Para entrar em vigor, o acerto ainda terá que ser confirmado pelos parlamentos dos países incluídos. O acordo busca ampliar os fluxos comerciais e dar maior previsibilidade e melhores condições para investimentos. 

O Brasil estima que o acordo possa representar um aumento de R$ 28 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil até 2041, além de R$ 49,1 bilhões a mais no fluxo comercial. O país exporta óleos combustíveis, carne suína, bovina e de aves, além de ferro para Singapura. 

Segundo o governo, Singapura se comprometerá a zerar tarifas para todas as exportações do Mercosul, que, por sua vez, vai liberar tarifas de importação de 95,8% da produtos importados de Singapura. 

Bolívia 

O governo brasileiro informou que também está prevista para esta quinta a promulgação do protocolo de adesão da Bolívia ao Mercosul. O Congresso boliviano ainda terá de aprovar a entrada do país do bloco, que tem uma série de etapas a serem cumpridas ao longo dos próximos 4 anos, conforme o Ministério das Relações Exteriores. 

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