Saúde

Casos de SRAG caíram nas últimas 6 semanas

Os maiores afetados são crianças até dois anos e idosos acima de 65 anos.

Brasil 61

No ano epidemiológico de 2023, foram registrados 161.154 casos de SRAG no Brasil.
No ano epidemiológico de 2023, foram registrados 161.154 casos de SRAG no Brasil. (reprodução)

BRASIL - Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em nível nacional caíram nas últimas seis semanas e mantiveram-se estáveis nas últimas três, afetando principalmente crianças até dois anos e idosos acima de 65 anos. Porém, há um crescimento de longo prazo em oito estados, são eles: Alagoas, Amazonas, Amapá, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com aumentos notáveis entre adultos em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Bahia, principalmente devido à Covid-19. Os dados são do último Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na última quinta-feira (23) referente a Semana Epidemiológica 46 (12 a 18 de novembro).

O infectologista Werciley Júnior da Rede de Hospitais Santa Lúcia aponta que o aumento de casos nesses estados se da há uma diminuição na vacinação, especialmente nas doses de reforço, e observa que muitas pessoas com sintomas da doença não estão realizando as testagens e acabam transmitindo o vírus para outros. O especialista aconselha que, para ajudar na redução de casos é essencial que as pessoas com sintomas realizem testes, evitem o contato com outros e continuem a vacinação como medida de controle.

"Voltar muitas vezes, as orientações de higiene de mãos e o uso de máscaras, isso continuamente tem que ser feito e elevar esse cuidado, principalmente com as pessoas idosas e imunossuprimidos que tem baixa defesa", explica.

O Boletim aponta uma pausa no aumento de casos de SRAG em adultos e uma redução em crianças e adolescentes, impulsionada pela diminuição ou estabilização de casos de Covid-19, especialmente em idosos nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. 

Marcelo Gomes, coordenador do Boletim InfoGripe avalia que nos estados da região Sul e na Bahia há sinais de desaceleração no ritmo de crescimento de casos. Embora o aumento ainda não tenha sido completamente interrompido, observa-se uma diminuição progressiva semana após semana.

“Então é um indício que já pode estar iniciando um processo de interromper esse ciclo de aumento. A gente espera que isso se confirme nas próximas atualizações e possa iniciar um processo de queda. Mas por enquanto, ainda é um sinal de aumento, mas um aumento em um ritmo cada vez mais lento nesses estados”, avalia. 

Renata Costa, empresária de 45 anos e moradora de Catalão (GO) conta que pegou Covid-19 logo após tomar a primeira dose, em agosto de 2022. Ela comenta que os sintomas foram fortes e que precisou ficar de cama por 5 dias. Hoje, Renata já tomou 3 doses da vacina, contando com a bivalente e diz que pretende tomar as doses de reforço.

“E a importância pra mim da vacina foi extrema, porque antes quantas pessoas morreram por falta da vacina, a partir do momento que a população começou a tomar a vacina, as mortes foram reduzidas”, avalia.

De acordo com o estudo, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,3% para influenza A; 0,3% para influenza B; 9,1% para Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 64,1% para Covid-19. Entre as mortes, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0% para influenza A e B; 2,2% para VSR; e 92,3% Covid-19.

No ano epidemiológico de 2023, foram registrados 161.154 casos de SRAG no Brasil. Desses, 63.458, testaram positivo para vírus respiratórios, 81.573 foram negativos e 7.901 ainda aguardam resultados. Dos casos positivos, 7,4% são de influenza A, 3,9% de influenza B, 34,1% de VSR e 33,5% de Covid-19. Nas últimas quatro semanas, a distribuição entre os casos positivos foi de 1,3% para influenza A, 0,3% para influenza B, 9,1% para VSR e 64,1% para Covid-19. O InfoGripe ressalta que os dados recentes podem mudar nas próximas atualizações. 

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