Saúde

Brasil sai da condição de país endêmico para o sarampo

Reconhecimento é o primeiro passo para retomada da certificação de país livre da doença.

Imirante.com, com informações do Ministério da Saúde

Reconhecimento é o primeiro passo para retomada da certificação de país livre da doença.
Reconhecimento é o primeiro passo para retomada da certificação de país livre da doença. (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

BRASIL - Há 74 semanas sem confirmação de novas ocorrências, o Brasil obteve a elevação de status de “país endêmico” para “país pendente de reverificação” do sarampo. A mudança foi anunciada durante a Terceira Reunião Anual da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, da Rubéola (SR) e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), promovida pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), realizada entre os dias 13 e 17 de novembro, em Brasília.

Desde 2020, o país apresenta queda no número de casos de sarampo com 20.901 registros, em 2019; 8.100, em 2020; 670, em 2021; e 41, em 2022. O último caso foi confirmado em junho de 2022, no Amapá.

O Ministério da Saúde realiza ações conjuntas com estados e municípios para interromper a circulação do vírus do sarampo nos quatro estados com maior transmissão em 2022: Amapá, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo. Somente em 2023, foram investidos R$ 724,1 milhões em ações de vigilância em saúde, laboratórios estaduais, imunobiológicos, capacitações e imunização, com estratégias de microplanejamento e multivacinação.

A nova condição permite que o Brasil inicie o processo de recertificação de país livre de sarampo; categoria suprimida em 2019. O intenso fluxo migratório de países vizinhos associado às baixas coberturas vacinais em vários municípios, em 2018, permitiu a reintrodução do vírus da doença no país. O Brasil havia recebido a certificação de país livre da doença em 2016.

Segundo Éder Gatti, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis, a comissão reconheceu o esforço brasileiro na recuperação das coberturas vacinais. “Foi recomendado que continuemos com o microplanejamento como estratégia de fortalecimento da vacinação nos municípios. É preciso reconhecer o trabalho desenvolvido por estados e municípios no combate ao sarampo”, afirmou. “Além de seguir com o fortalecimento da vacinação, vamos seguir intensificando a vigilância das doenças exantemáticas, para que o Brasil continue livre do sarampo e da rubéola congênita”.

Participaram do evento representantes do Ministério da Saúde do Brasil e da Venezuela; da Câmara Técnica Nacional de Especialistas de Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita; e da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita.

Também houve a participação online dos Ministérios da Saúde da Argentina, da Bolívia, do Canadá, do Chile, da Colômbia, da Costa Rica, de Cuba, de El Salvador, do Equador, dos Estados Unidos, da Guatemala, do Haiti, de Honduras, do México, da Nicarágua, do Panamá, do Paraguai, do Peru, da República Dominicana e do Uruguai, além de países do Caribe de língua inglesa e territórios franceses nas américas.

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