Gesto supremacista

Voto de Ney Bello mantém ação contra ex-assessor de Bolsonaro por racismo

Filipe Martins havia sido absolvido na primeira instância.

Ipolítica, com informações da CNN

Martins foi flagrado em suposto gesto supremacista
Martins foi flagrado em suposto gesto supremacista (Reprodução/TV Senado)

BRASÍLIA - A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) decidiu, por unanimidade, reverter uma decisão que absolveu Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de acusações de racismo.

O caso remonta a um gesto feito por Martins com as mãos, associado a sinais utilizados por grupos supremacistas brancos durante uma sessão do Senado em 2021, quando ele ocupava o cargo de assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República.

O Ministério Público Federal (MPF) contestou a absolvição, levando os membros da 3ª Turma do TRF-1 a decidir, na última terça-feira (31), derrubar a sentença de primeira instância e ordenar a continuação do processo penal.

Martins, na prática, torna-se novamente réu neste caso. Os desembargadores seguiram a posição do relator do recurso, o maranhense Ney Bello.

De acordo com o magistrado, o gesto não foi um incidente isolado por parte de Filipe Martins. "O que temos são indícios, são razoáveis indícios", afirmou. "Não temos provas concretas, mas a absolvição sumária por falta mínima de evidência não é justificável".

O relator destacou que Martins tem um "histórico de utilização" de "simbologia de extrema direita" em publicações na internet.

"O apelado é um professor e já foi assessor do ex-presidente. Ele é uma pessoa versada em política, conhecedor de simbologias específicas, incluindo aquelas que enaltecem torturadores, fascistas e racistas, mergulhando em uma simbologia bastante distinta", declarou o relator.

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