Crise hídrica

Lula e presidente da Colômbia conversam sobre seca na Amazônia

Países vão formular plano conjunto de enfrentamento à estiagem.

Agência Brasil

Seca atinge toda a Amazônia
Seca atinge toda a Amazônia (Foto: Cadu Gomes/VPR)

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta quinta-feira (19) com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, por telefone. Os dois chefes de Estado abordaram o tema da seca que atinge a Amazônia.

Em nota, o Palácio do Planalto informou que Petro propôs uma reunião de Colômbia e Brasil com Equador e Venezuela para formular um plano comum para enfrentar a seca. A data ainda será definida. Os dois presidentes também conversaram sobre a situação no Oriente Médio, envolvendo a escalada de violência entre Israel e Hamas, e reafirmaram a necessidade de uma solução negociada para o conflito.

Lula e Petro ainda celebraram o acordo entre o governo venezuelano e a oposição do país em torno das eleições no ano que vem.

Nível do Rio Negro é o menor em cem anos

A situação do Rio Negro continua preocupante em razão da forte seca que atinge o Amazonas. Nesta terça-feira (17), a cota do rio chegou a 13,49 metros, a menor desde 1902, quando começaram as medições. A informação é do Porto de Manaus, que realiza as medições no rio, e a previsão é que as águas continuem baixando até o início de novembro, quando termina o período de estiagem. Na segunda-feira (16), a cota do rio estava em 13,59 metros. O maior volume foi registrado em 2021, quando o nível do rio atingiu a marca de 30,02 metros.

A seca fez com que o governador Wilson Lima, decretasse, em setembro, situação de emergência em 55 dos 62 municípios do estado. Atualmente, 58 municípios do Amazonas em estado de calamidade e/ou de emergência.

Na segunda-feira, o governador se encontrou coma ministra da Saúde, Nísia Trindade, para debater a parceria entre os governos federal, estaduais e municipais para reforçar a atenção da saúde à população.

Na ocasião, a ministra anunciou o repasse de mais de R$ 233 milhões aos 62 municípios do Amazonas. Foram duas portarias, uma no valor de R$ 225 milhões, que engloba a recomposição do chamado Teto MAC (média e alta complexidades) em 59 municípios.

A segunda portaria, no valor de R$ 8,9 milhões, é voltada à atenção primária nas cidades de Lábrea, Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira, com unidades de saúde geridas pelo estado.

Dos R$ 225 milhões para média e alta complexidade, R$ 102,3 milhões serão liberados em parcela única aos municípios. Outros R$ 122,7 milhões serão incorporados ao teto de média e alta complexidade do estado.

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