BRASÍLIA - O ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), afirmou que caso seja indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixará de forma definitiva a política.
A declaração do socialista - que no passado deixou a toga de juiz federal justamente para ingressar na política -, foi dada em entrevista concedida ao jornal O Globo.
Dino é o principal cotado para assumir a cadeira deixada pela ministra Rosa Weber, ex-presidente do STF, que se aposentou compulsoriamente do cargo por idade.
“Se um dia, talvez, eu fosse para o Supremo e pensasse em retornar à política, haveria uma premissa de que eu usaria a toga para ganhar popularidade. Isso eu não farei, ou faria. Jamais. Seria uma decisão definitiva. Ou será, sei lá”, disse Flávio Dino.
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Apoio
Nos bastidores do próprio Supremo, Dino conta com o apoio dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
Lula também já sinalizou a interlocutores estar decidido ao indicar o auxiliar de primeiro escalão, sobretudo pelo fato de o socialista ter acumulado forte desgaste nos primeiros meses do governo.
Apesar disso, também aparecem como cogitados para o cargo o titular da Advocacia- Geral da União (AGU), Jorge Messias, nome patrocinado pelo PT; e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, que tem simpatia de representantes da classe política, como o senador Davi Alcolumbre (União-AP), com quem Dino jantou na quarta-feira, e do próprio ministro Gilmar Mendes.
Dino, Messias e Dantas - que nos bastidores se movimentam em campanha para o STF -, se encontraram na posse do ministro Luís Roberto Barroso na presidência da Corte, na quinta-feira, e posaram juntos e sorridentes para fotos, em uma tentativa de demonstrar que a concorrência não deixará arestas. Eles disseram, na ocasião, ter feito um “acordo “ para manter a amizade.
O ministro da Justiça trata o surgimento do seu nome na bolsa de apostas como “inerente” ao cargo que ocupa. Segundo ele, aceitar um eventual convite seria “quase um dever funcional”. Para tomar posse na Corte, porém, o escolhido ainda precisaria da chancela do Senado.
“Se o presidente da República convida, é muito difícil dizer não. Vou estar desdenhando do STF, é descabido. Mas ele (Lula) nunca falou comigo sobre o Supremo, sequer insinuou”, pontuou Dino, que admite ter sido consultado sobre a sucessão na Procuradoria-geral da República, vaga aberta com a saída de Augusto Aras.
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