Economia

Dólar sobe para R$ 5,04 e fecha no maior valor desde maio

Bolsa de valores avança 0,12% e encerra sequência de cinco quedas.

Wellton Máximo / Agência Brasil

Atualizada em 27/09/2023 às 23h34
Dólar registrou alta de 1,22% nesta quarta-feira (27).
Dólar registrou alta de 1,22% nesta quarta-feira (27). (Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

SÃO PAULO - Influenciado por fatores externos e domésticos, o dólar voltou a superar a barreira de R$ 5 pela primeira vez em quatro meses. A bolsa de valores teve uma pequena recuperação, encerrando sequência de cinco quedas.

O dólar comercial fechou esta quarta-feira (27) vendido a R$ 5,048, com alta de R$ 0,061 (+1,22%). Exceto pelos primeiros minutos de negociação, a cotação ficou acima de R$ 5 durante quase toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 14h30, a moeda norte-americana chegou a R$ 5,08.

Com o desempenho desta quarta, o dólar está no maior nível desde 31 de maio, quando tinha fechado em R$ 5,07. A divisa acumula alta de 1,96% em setembro, mas cai 4,93% em 2023.

O mercado de ações teve um pequeno dia de trégua. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 114.327 pontos, com pequena alta de 0,12%. Ações de petroleiras, mineradoras e companhias aéreas tiveram fortes altas, mas papéis de bancos e de varejistas caíram.

Esta foi a terceira alta seguida do dólar, que iniciou uma sequência de altas na última semana após o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) indicar que pode elevar os juros básicos nos Estados Unidos pelo menos uma vez até o fim do ano para conter a inflação e o aquecimento da maior economia do planeta.

As taxas de longo prazo dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do planeta, atingiram o maior nível desde 2013. Juros altos em economias avançadas pressionam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.

Em meio a uma expectativa de nova elevação dos juros nos Estados Unidos, o atual ciclo de queda da taxa Selic (juros básicos da economia) também pressiona o dólar. Isso porque a diferença entre as taxas brasileiras e norte-americanas cai, apesar de estar entre as maiores do mundo. Dificuldades para o governo cumprir a promessa de zerar o déficit primário no próximo ano também contribuíram para o pessimismo entre os investidores.

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